‘Trio de Ferro’ de Recife é contrário a volta dos treinos no começo de maio
Autoridades médicas de Náutico, Santa Cruz e Sport atribuem a responsabilidade de garantir a segurança no retorno ao poder público estadual e municipal
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Os clubes de Pernambuco mantém conversas constantes para saber a viabilidade de retorno as atividades em meio a pandemia do novo coronavírus. Algo que, nesse momento, tem tido uma opinião conjunta de Náutico, Santa Cruz e Sport de que voltar aos treinos no início do mês de maio é considerada como uma manobra precoce.
Apesar de terem abordagens relativamente diferentes, as declarações do vice-presidente médico do Náutico (Múcio Vaz), o médico do Sport (Stemberg Vasconcelos) e o médico do Santa, Antônio Mário, entendem que a recomendação por ora é de retorno somente de atividades essenciais. Todas as declarações foram dadas ao 'Jornal do Commercio'.
Por isso, todos acabam convergindo na opinião de que o melhor é aguardar novas diretrizes do poder público em relação a maiores condições de segurança sanitária para que os respectivos departamentos de futebol possam voltar com mais tranquilidade.
- A gente vai seguir o que está sendo deliberado pelos órgãos competentes de saúde do Estado. A gente não pode querer antecipar e voltar às atividades indo de encontro as orientações do Governo. Os clubes se reuniram com intenção de adiantar o planejamento e as estratégias para quando o futebol for liberado a gente já saber o que vai fazer, para não perdermos mais tempo ainda. Ninguém foi forçar a barra para retornar o campeonato enfrentando as recomendações de saúde - disse Múcio.
- Não acho viável. Estou explicando para todo mundo que a gente só vai voltar quando as autoridades de saúde - municipal, estadual e federal - liberarem. Mesmo com grupo reduzido de jogadores, a gente não vai voltar. O Sport só volta quando liberarem atividades não essenciais. No momento, apenas atividades essenciais estão sendo liberadas. Isso é lei e a gente não vai passar por cima disso. A gente planeja um retorno, sim, mas sem data marcada - opinou Stemberg.
- Podemos tentar algumas projeções, mas neste momento não temos certeza de nada. Não seremos nós, os clubes de futebol e departamentos médicos, que serão responsáveis pela determinação da data. Isso, na nossa opinião, é determinação do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Saúde. Quando tivermos essa data projetada por eles ou uma data certa, nós teremos todo o cuidado do ponto de vista epidemiológico, para se preocupar não só com os atletas, mas com toda uma coletividade que circunda e faz o futebol - avaliou Antônio.
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