Em reunião extraordinária na última quarta-feira, o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras decidiu que o adiantamento da Federação Paulista servirá para pagar parte das dívidas do clube com Paulo Nobre e turbinar o caixa. Já contando com os descontos de impostos e direitos de arena, o clube receberá da FPF R$ 18 milhões, parte dos direitos de transmissão do Estadual dos próximos seis anos. Desta quantia, quase R$ 9 milhões vão para débitos com o dirigente.
A primeira dívida é de antes da chegada de Nobre à presidência, quando ele participou de uma cesta de atletas, nas gestões de Affonso Della Monica e Luiz Gonzaga Belluzzo. O Palmeiras irá pagar por isso cerca de R$ 5 milhões.
Outros R$ 3,6 milhões já foram para o Banco Votorantim, o intermediário entre clube e Nobre no pagamento de R$ 103 milhões emprestados por ele, já como presidente. O banco foi escolhido no trâmite para evitar que futuras gestões desistam de ressarci-lo.
Os R$ 40 milhões restantes cedidos por Nobre são pagos de forma diferente, em parcelas mensais de R$ 800 mil, e esta dívida continuará sendo paga desta forma. No total, o dirigente repassou quase R$ 200 milhões ao clube, mas a quantia já havia diminuído quando o presidente ficou com os direitos de Mouche, Tobio, Cristaldo, Allione, Leandro e Mendieta, todos contratados graças ao seu dinheiro.
Os R$ 9 milhões restantes ficarão no caixa, e vão servir para fechar as contas deste fim de ano, do clube e do futebol. Nobre chegou a pedir R$ 12 milhões para isto, mas o COF preferiu abater as dívidas com ele.