Zagueiro do Peru na Copa de 1970 fala ao L! sobre Pelé: ‘Admiração e amizade’
Héctor Chumpitaz recorda luta para tentar conter o 'Rei' em campo no Mundial
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O adeus a Pelé, que morreu na quinta-feira (29) aos 82 anos, comoveu também quem se acostumou a vê-lo como adversário. Histórico zagueiro da seleção do Peru, Héctor Chumpitaz recordou ao LANCE! a amizade que cultivou com o "Rei".
- Enfrentei Pelé diversas vezes, tanto quando ele vestia a camisa 10 do Santos quanto nas partidas entre Brasil e Peru. Por ele ter ido para a Seleção desde jovem, aos 17 anos, eu pedia alguns conselhos para ele. Sempre tivemos muito respeito e admiração um pelo outro - disse.
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Chumpitaz destacou que mantinha contato com o eterno camisa 10 até mesmo depois do fim de carreira.
- Continuamos próximos de alguma forma. Tínhamos ainda outro amigo em comum, que era o Ramón Mifflin. Os dois jogaram juntos tanto no Santos quanto no NY Cosmos. Lembro bastante da época na qual nasceu seu primeiro filho (referindo-se a Edinho). Foi uma emoção muito grande, liguei para cumprimentá-lo - afirmou.
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O defensor contou a dimensão que o Santos de Pelé tinha na época para as torcidas peruano.
- Havia um intervalo muito grande entre uma temporada e outra. Com isto, em alguns momentos o Santos vinha a Lima para amistosos e causava um grande entusiasmo. Pelé era um jogador que encantava, extremamente completo - declarou.
Chumpitaz guarda para a posteridade as memórias de quando atuou pelo Peru contra a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970. Os brasileiros venceram por 4 a 2, com dois gols de Tostão, um de Rivellino e outro de Jairzinho (Gallardo e Cubillas marcaram para os peruanos).
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- O João Havelange, então presidente da Fifa, disse uma vez que esta partida é a mais marcante que ele já viu na Copa. E não há dúvidas disso. Afinal, a bola pouco saiu nos 90 minutos e ainda hjouve seis gols - constatou.
O ex-zagueiro detalhou como foi a tentativa peruana de parar Pelé e reconheceu que era uma tarefa inglória.
- Era um jogador forte e técnico. Então, um marcava e outro ficava na "sobra". Agora, por mais que tivesse um companheiro, era muito difícil evitar que ele passasse. Além disso, tinha muitos jogadores de qualidade ao seu lado na Seleção Brasileira. Não foi à toa que o Brasil encantou tanto - assegurou.
Chumpitaz contou como foi a reação dos jogadores e da população peruana perante a morte de Pelé.
- Sentimos bastante. Acredito que todos os países têm admiração por Pelé e, aqui, todos lamentam essa perda do maior nome da história do futebol brasileiro e mundial. Há muita tristeza - disse.
Em seguida, o ex-zagueiro se emocionou ao recordar o amigo e antigo adversário.
- Tivemos uma amizade muito grande, isso é marcante para mim. Que ele esteja em sua glória e descanse em paz, porque não haverá outro como Pelé. Era o jogador mais completo, que ia muito bem para as cabeçadas, era ótimo em dribles e em tudo - finalizou.
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