Alex Santana aprova rodízio do Paraná e freia empolgação com bom início de ano

Três jogos, três vitórias. A boa largada na temporada está animando a torcida do Paraná, mas o elenco se mantém com os pés no chão. Alex Santana, que é reserva e vem entrando com boas atuações, garante que o grupo segue focado e não vê favoritismo no clássico deste domingo, às 20h, no Couto Pereira, pela terceira rodada do Campeonato Paranaense.

Primeira contratação para a temporada, feita ainda no final do ano passado, o jogador vem atuando na "equipe B" do Tricolor. Apesar de ser considerado suplente, em tese, o atleta vem aparecendo bem nas partidas.

No três duelos do ano, entre Primeira Liga e Estadual, Alex Santana marcou dois gols - um na goleada por 5 a 0 contra o Foz do Iguaçu e um no triunfo por 2 a 0 diante do Cianorte. Diante do Coxa, com o técnico Wagner Lopes poupando os titulares novamente, o meio-campista deve ser titular.

Em conversa com o Lance!, o volante comentou sobre seu estilo de jogo, o rodízio promovido pelo treinador paranista e sobre a dificuldade do Paraná em atuar no estádio do rival. As últimas duas vitórias aconteceram em 1996 e 2013.

No Paraná o assunto que mais repercute nesse início de ano é o rodízio dos atletas. Você atuou nos três jogos, mas foi titular apenas contra o Foz. Como você, e o grupo de um modo geral, lidam com essa questão?

Todo clube grande precisa ter um elenco qualificado e nosso grupo conta com ótimos jogadores. A concorrência interna é sadia e isso é muito positivo para todo nós, jogadores, porque nos motiva a trabalhar cada vez mais. E essa situação beneficia diretamente o Paraná.

Embora tenha sido titular apenas uma vez, você é um dos destaques do time.Te
surpreende esse bom início no Paraná Clube? A que você atribui esse sucesso inicial seu?

Início de temporada sempre é mais complicado, porque todo time precisa de tempo para entrosar. Desde o começo do ano, nós sabíamos que a equipe podia render e esses primeiros jogos foram bons, mas temos um longo caminho a percorrer. Estamos cientes de que o momento é positivo, mas não adianta se empolgar porque foram apenas algumas partidas. Precisamos manter o foco e seguir trabalhando cada vez mais.

Na base do Inter e no início da carreira, o teu posicionamento era mais ofensivo. No Guarani passou a colaborar mais na saída de bola. Como foi essa mudança e acredita que renda mais nessa nova função?

Eu sou um cara tranquilo e tento me adaptar na posição que o treinador pedir. Não tenho preferência em atuar mais avançado ou mais recuado, depende do momento do jogo, dos companheiros, do estilo do nosso time e do adversário. O mais importante é jogar bem e ajudar a equipe.

Historicamente, o Paraná tem dificuldades contra o Coritiba no Couto Pereira - é apenas uma vitória nos últimos 21 anos. De alguma forma isso tem alguma influência (motiva para conseguir um resultado incomum nos últimos tempos ou até mesmo entender um pouco de quais erros foram cometidos no passado)?

Acredito que não influencia. São outros jogadores, outro momento, e esses números a gente deixa para vocês, da imprensa, e para os torcedores. O que precisamos fazer é trabalhar com seriedade e ir em busca da vitória.

O Paraná está com 100% na temporada, o Coritiba ainda não venceu. Que cenário você imagina do jogo amanhã?

Estamos bem, mas foram apenas alguns jogos. Nós estamos cientes de que ainda precisamos evoluir muito e, por mais que seja um clichê, em clássico não há favorito. Nós respeitamos demais o Coritiba e será uma partida extremamente complicada.

Concorda com a decisão do clube de priorizar a Copa do Brasil, que pode gerar lucros financeiros ao clube, do que o clássico, que acaba mexendo mais com a torcida?

Um clube grande como o Paraná entra em todas as competições para brigar pelo título. Nosso pensamento é entrar forte em todos os campeonatos.