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Baptista estreia no Atlético-PR com variação tática e projeta evolução

Técnico do Furacão, que utilizou dois sistemas diante do Flamengo, aprova organização e promete ajustes

Eduardo Baptista
Baptista, 47 anos, fez seu primeiro jogo à frente do Furacão. (Marco Oliveira/Atlético-PR)

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O Atlético-PR empatou com o Flamengo por 1 a 1 neste domingo, na Arena da Baixada, pela terceira rodada da Série A. Apesar da igualdade, a estreia de Eduardo Baptista ficou marcada pelo bom desempenho em campo, que merecia melhor sorte, e pela organização tática, que teve duas variações durante o jogo.

Tomando a iniciativa do jogo, o time atleticano entrou com uma formação diferente: saiu do 4-2-3-2 tradicional para o 4-1-4-1, preferido do novo treinador. Com boa movimentação e infiltrações entre as linhas do meio e o ataque, a equipe criou seis chances reais de gol na primeira etapa, de sete arremates.


Nikão mandou uma bola de cabeça no travessão e Grafite uma na trave, além do atacante ter tido outras duas boas chances. Incisivo, o Rubro-Negro aparecia com frequência no setor defensivo do Mengo, mas faltou eficiência. Além disso, em nova falha de posicionamento da zaga, Macuello apareceu entre os zagueiros para marcar o gol flamenguista.

- A bola não poderia ter entrado por dentro, tem que fechar o espaço e pressionar. Aí veio o cruzamento e o gol. É algo a se corrigir desde o início da construção da jogada - pontuou Baptista.

Na segunda etapa, o clube carioca voltou melhor, usando circulação da bola e triangulações para envolver o adversário. Guerrero, de cabeça, fez Weverton fazer uma defesa espetacular depois de cobrança de falta da direita.
Quando estava bem no duelo, entretanto, o Fla levou o gol de bola parada.

Após escanteio, Thiago Heleno veio de trás e, sem bloqueio da zaga, cabeceou na pequena área para o chão e igualou o marcador, aos 10.

Com a entrada de Guilherme na vaga de Lucho González, o Furacão voltou ao 4-2-3-1, com Rossetto recuando e ficando ao lado de Otávio, em uma variação que não existia com Paulo Autuori, antigo comandante. A ideia era ter a posse de bola, modelo adotado desde o início do ano, para controlar as ações e diminuir a alta intensidade, que ficou evidente no desgaste do time rubro-negro na etapa final.

As oportunidades, com isso, diminuíram em relação ao primeiro tempo e apenas Douglas Coutinho e Ederson, que tinham entrado nas vagas de Nikão e Grafite, respectivamente, tentaram assustar em jogadas de velocidade. Por outro lado, a equipe evitou novas investidas do rival, que tinha retornado melhor do intervalo. Somente Guerrero, no final, perdeu ótima chance em jogada de Paquetá.

- Em termos táticos, eu saio satisfeito com o que trabalhamos. Conseguimos, principalmente no primeiro tempo, pressionar a equipe do Flamengo lá no alto. Meu primeiro objetivo era deixar o time organizado e isso aconteceu. A postura me agradou bastante, mas ainda temos ajustes e, pelo que mostramos, há uma luz bem grande na frente. Demoramos um pouco para se acertar no segundo tempo, até os 15min, mas depois retomamos o controle e ainda criamos. Infelizmente faltou o segundo gol para premiar a atuação - avaliou.

Com o empate, o Atlético-PR segue na décimo nona colocação, agora com um ponto. Na próxima rodada, o Furacão faz o clássico diante do Coritiba, no sábado, às 16h, no Couto Pereira. Antes disso, a equipe paranaense recebe o Santa Cruz pelo jogo de volta das oitavas na próxima quarta, às 19h30, na Arena da Baixada - a partida de ida foi 0 a 0. A ideia é manter essa variação de esquemas.

- Eu sou da opinião e filosofia de repetição. Estamos em um trabalho novo e temos que repetir. Mas o calendário brasileiro é complicado. Temos quatro jogos em nove dias. Vamos com esta filosofia, mas aguardando a resposta física dos atletas - complementou.

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