Em carência de títulos, Atlético-PR tenta encerrar seca contra Fluminense na Primeira Liga
Furacão não levanta uma taça desde 2009 e sofre pressão da torcida pelo jejum
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Sem vencer um campeonato há sete anos, o Atlético-PR quer acabar com o jejum nesta quarta-feira, às 21h45, no Estádio Municipal, em Juiz de Fora, diante do Fluminense, pela edição inicial da Primeira Liga. O elenco rubro-negro acredita que o psicológico pode influenciar.
O grito de "É Campeão!" não tem sido recorrente na vida dos torcedores atleticanos nas últimas temporadas. Desde 2009, o Furacão não levanta uma taça com o time profissional - o último caneco foi pelo Campeonato Paranaense - e a falta de títulos é a principal cobrança da torcida.
Após a eleição, o presidente Luiz Sallim Emed prometeu que, a partir deste ano, o clube paranaense voltaria a lutar no bloco de frente de qualquer campeonato, sem as desculpas de estar reformando a Arena da Baixada ou de utilizar o Sub-23 em alguma competição. Na final da competição nacional e na semifinal do Estadual, o time rubro-negro está cumprindo a promessa neste primeiro semestre mesmo com algumas turbulências pelo caminho.
- Tem que levar em consideração também que a equipe passou por uma reestruturação muito grande nesses últimos anos pela questão da Arena, reconstrução, a Copa do Mundo (2014). Foram alguns anos de dificuldades e, hoje, como foi falado no começo do ano, o Atlético-PR disputaria títulos. E é o que vem acontecendo. Tudo o que foi falado no começo vem sendo cumprido - analisou Weverton, capitão e ídolo dos torcedores.
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A última grande decisão do Atlético-PR foi em 2013, na final perdida da Copa do Brasil para o Flamengo, no Estádio Maracanã, por 2 a 0, após empatar por 1 a 1 na Vila Capanema. Antes somente duelos estaduais perdidos para o grande rival Coritiba em 2013, 2012, 2011 e 2010 - os dois últimos com elenco principal e os dois primeiros com equipe alternativa.
Em evolução, depois da chegada do técnico Paulo Autuori, o Furacão espera que o bom momento seja coroado com o título da Primeira Liga. Do triunfo no clássico contra o Paraná, no sábado passado, a equipe só deve ter uma alteração: Marcos Guilherme na vaga de Ewandro.
- O time não vai mudar muito. Vamos analisar em relação à recuperação. Se houver, é alguma coisa pontual. Mas a ideia não tem a ver com este jogo, tem a ver com o próximo também. A diferença é que teremos um dia a mais de recuperação - despistou o comandante atleticano, que não quis confirmar os titulares.
Um ponto que o Atlético-PR espera saber lidar é com o psicológico. Com um elenco também carente de taças, o sentimento dentro do grupo é de necessidade do título mesmo com Autuori discursando que os atletas não carregam essa pressão a mais. O próprio treinador não levanta um caneco por time brasileiro desde 2005, quando foi campeão da Copa Libertadores (justamente contra o clube paranaense) e do Mundial pelo São Paulo.
- Não adianta ser muito bom tecnicamente se, mentalmente, a gente não estiver bem. Isso representa 70 ou 80% do desempenho daquilo que a gente vai fazer dentro campo. Se o psicológico não estiver legal, dificilmente as coisas vão dar certo. Ele (Autuori) vem tocando bastante neste assunto, vem dando a importância porque sabe que a gente tem que estar não só preparado fisicamente, mas mentalmente - comentou o camisa 12.
Mesmo assim, o goleiro do Furacão reconhece que a responsabilidade é grande até por ter um grupo de jovens atletas. Apesar de ter vencido o Fluminense na primeira rodada do torneio por 1 a 0, em Volta Redonda, o reencontro não garante o título e o time espera ter um rendimento forte de forma geral, embalado pela eliminação contra o Flamengo na semifinal, para provar que é possível acabar com a seca.
- A responsabilidade é um pouco a mais para mim e para os mais experientes, e a gente assimila isso muito bem. Mas, quando entra em campo, a responsabilidade é de todos até porque quando ganhamos, não perco sozinho, assim como não perco sozinho. O Atlético-PR tem de estar sempre brigando por títulos. Eu, que estou aqui há mais tempo, venho dizendo que preciso de um título para ficar na história do clube. Espero que esta quarta possa ser um dia inesquecível com a conquista - finalizou Weverton, esperançoso com o sonhado dia.
O Atlético-PR deve ir a campo com: Weverton; Eduardo, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Jadson, Otávio, Vinícius, Marcos Guilherme e Nikão; Walter.
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