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Com novo modelo de jogo, Autuori ignora gol de contra-ataque: “Não gosto”

Gedoz, no final do segundo tempo, marcou gol do Furacão no estilo antigo: jogada rápida e vertical. Atlético-PR, agora, prioriza a posse e controle da partida.

Atlético-PR x Flamengo
Felipe Gedoz é o artilheiro do Atlético-PR na Libertadores, com três gols. (AFP)

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O Atlético-PR não fez uma grande apresentação, mas venceu o Flamengo por 2 a 1 nesta quarta-feira, na Arena da Baixada, e assumiu a liderança do Grupo 4 da Copa Libertadores. O modelo de 2016 foi quem garantiu o triunfo, no gol de Felipe Gedoz, no final da segunda etapa, mas não agradou o técnico Paulo Autuori.

Thiago Heleno, aos 35min do primeiro tempo, abriu o placar para o Furacão de bola parada. Rossetto cruzou, o zagueiro quis cabecear para o meio da área, mas encobriu o arqueiro Muralha sem querer. Admitido pelo próprio defensor.

Na segunda etapa, o time atleticano sofreu grande pressão do Fla, principalmente a partir dos 25min. Recuado e inoperante, a equipe conseguiu dois contra-ataque apenas nos minutos finais, com Gedoz. Ele errou uma e, na outra, recebeu de Eduardo da Silva, que viu João Pedro fazer o corta luz e chutou nas redes.

- Não gosto disso e não é nossa maneira de jogar (no contra-ataque). Temos que crescer mais nisso, nessa situação. Temos que controlar melhor igual fizemos no primeiro tempo e no Maracanã, na semana passada. Estamos ganhando corpo, maturidade competitiva e isso é bom - comentou o treinador.

O estilo do Atlético-PR, historicamente, é justamente assim. Jogadas rápidas e verticais, explorando a velocidade dos jogadores e marcando gols em poucos toques. Alguns bonitos e famosos, nos times de 2001 , 2004 e 2013, dão saudades à torcida.

Em 2016, o Furacão ainda atuava dessa maneira, dando a posse para o adversário na maioria dos confrontos e resolvendo com jogadas rápidas. Teve a melhor campanha como mandante da Série A dessa forma.

Porém, Autuori já sinalizava no ano passado que isso mudaria e nova filosofia é de ter a posse, recuperar a bola assim que perder e girar ela, abrindo espaços até o arremate - ou um cruzamento para jogadores presentes na área, chegando compactos e em conjunto.

O novo modelo de jogo é visto desde o início da temporada e ainda não engrenou. Até pelo pouco tempo, de menos de cinco meses de trabalho, o Furacão tem dificuldades para assimilar essa postura.

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