Em atuação pobre, o toque de gênio de Rhuan valeu o alívio ao Botafogo
Equipe de Alberto Valentim voltou a apresentar dificuldades dentro de campo, mas conquistou primeiros pontos fora de casa no segundo turno do Campeonato Brasileiro
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Nesta altura da temporada, mais vale o resultado do que, de fato, a atuação - apesar de, inegavelmente, o desempenho dentro de campo ainda ser um fator importante. Nesta quarta-feira, o Botafogo não jogou bem, mas venceu a Chapecoense, em partida válida pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na Arena Condá, um gol do garoto Rhuan garantiu o triunfo. O LANCE! analisa a atuação do Glorioso.
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JOGO SONOLENTO
A Chapecoense lutava para permanecer na Série A, já que a derrota rebaixaria o Verdão D'Oeste. Para o Botafogo, era vencer ou vencer para não se complicar na luta contra o rebaixamento. A partida, portanto, tinha contornos dramáticos.
Talvez por isto as equipes começaram de uma forma cautelosa. Atacavam com poucos jogadores e, quando chegavam em uma posição de perigo no setor ofensivo, resolviam cruzar. O Botafogo, em especial, teve oportunidades de avançar pelas laterais da Chapecoense, mas pouco explorou esta opção de jogo. A partida foi marcada por poucas chances reais no primeiro tempo.
RHUAN É O ÚNICO QUE TENTA
Diante de um cenário escasso tecnicamente, um jogador tentou chamar a responsabilidade. Apesar da pouca idade e vivendo seu quarto jogo no time titular, Rhuan foi a principal arma ofensiva do Botafogo no primeiro tempo. Mesmo sozinho, tentou resolver. Em duas oportunidades, finalizou e obrigou que João Ricardo fizesse defesas. Em um ambiente ruim, isto já era animador.
A atuação dos comandados de Alberto Valentim nos primeiros 45 minutos do duelo foi abaixo da média. Assim como em oportunidades anteriores, a equipe não conseguiu criar chances através do toque de bola e "apelou" para bolas lançadas na direção da área, em sua totalidade afastadas pela defesa da Chapecoense.
O BRILHO DO MENINO
Se Rhuan tanto tentou no primeiro tempo, foi recompensado na etapa complementar. Dos pés do menino de 18 anos, saiu o gol que deu a vitória para o Botafogo. E em grande estilo. Depois de receber passe de João Paulo, o camisa 28 saiu cara a cara com o goleiro e não tremeu. Com um toque de cobertura com a perna esquerda, encobriu o arqueiro.
Rhuan foi o principal jogador do setor ofensivo do Alvinegro, mas a entrada de Luiz Fernando no lugar de Igor Cássio foi fundamental. O segundo, de novo, teve dificuldade atuando pelos lados. O camisa 9, ponta de origem, executou movimentos naturais da posição, o que resultou em um ataque mais dinâmico. O Glorioso teve um melhor início de segundo tempo, apesar de alguns sustos sofridos nos primeiros cinco minutos.
LESÃO PREOCUPANTE
No melhor momento do Botafogo na partida, a equipe sofreu uma baixa importante. Dono da assistência no gol de Rhuan, João Paulo machucou o braço após uma disputa com Henrique Almeida. O meio-campista até tentou voltar para o gramado, mas não aguentou de dores. Para o lugar do camisa 5, Alberto Valentim trouxe Jean.
Saiu o principal responsável pela criação de jogadas e entrou um volante de contenção, marcado pela força na defesa. O cenário já era esperado. Mesmo com a vantagem no placar, o Botafogo recuou e chamou a Chapecoense para o campo de ataque. Se o cenário de criação já era complicado, ficou ainda pior.
SOBROU SORTE, FALOU JUÍZO
Desesperada pelo resultado, a Chapecoense se lançou ao ataque. Era a única opção. Marquinhos Santos substituiu três jogadores de ataque no segundo tempo. O Verdão D'Oeste teve, pelo menos, 20 minutos de pressão ao gol de Gatito Fernández. Também faltou criatividade - e, em certos momentos, qualidade. Das 26 finalizações, apenas quatro acertaram o alvo do paraguaio.
No fim, a equipe construiu, mesmo que por meio do abafa, algumas chances de gol. Na última delas, já no minuto final, a bola sobrou para Henrique Almeida, sem marcação. O atacante, mesmo livre, chutou para fora. Passou perto. A sensação que ficou foi de que a partida não terminou empatada por azar da Chapecoense - ou sorte do Botafogo.
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