Atuação sonolenta e batida na trave: fatores do empate do Botafogo
Diante do seu torcedor, equipe comandada por Eduardo Barroca até chegou a assustar, mas não saiu do 0 a 0 com a Chapecoense; LANCE! detalha atuação do Alvinegro
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O Botafogo perdeu a chance de se aproximar do G6 do Campeonato Brasileiro. Nesta segunda-feira, a equipe comandada por Eduardo Barroca empatou, em 0 a 0, com a Chapecoense, no Estádio Nilton Santos, pela 16ª rodada do torneio. Mais do que um resultado irregular diante da sua torcida, a fraca atuação do Alvinegro falou mais alto. O LANCE! aponta alguns elementos do duelo.
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JOGO TRUNCADO
A primeira metade da etapa inicial foi marcada por poucas chances para as duas equipes. O Botafogo tinha dificuldade de sair jogando por conta da pressão da Chapecoense na saída de bola, que marcou em bloco alto e com encaixes individuais no lado do possessor de bola do Alvinegro, o que dificultou a progressão do Glorioso.
O duelo, desta forma, foi de pouca criatividade. A Chapecoense, quando atacava, buscou bolas longas na direção de Everaldo, que batalhou - e ganhou - jogadas com os zagueiros do Botafogo. O primeiro quarto do duelo foi fraco.
BOTAFOGO MELHORA, MAS...
Com o passar do tempo, o Botafogo passou a gostar do jogo. A Chapecoense, até por desgaste físico, parou de pressionar a saída de bola do Alvinegro em todas as jogadas, o que resultou em uma maior facilidade dos mandantes para chegar ao campo ofensivo.
O Botafogo conseguia chegar, mas não conseguia fazer. O jogo era vertical, com passes buscando as costas dos defensores adversários, mas os atletas do Alvinegro tinham dificuldade em escolher as melhores decisões. Quando não era um passe errado perto da área, era uma tentativa de drible que resultava em um fácil desarme para o marcador. Enfim, a equipe de Eduardo Barroca convivia com erros crassos na 'hora h'.
PRESSÃO NO SEGUNDO TEMPO
A conversa no vestiário fez bem para o Botafogo, que retornou do intervalo com mais presença no ataque. Em pouco menos de dez minutos na etapa complementar, os mandantes produziram mais do que na primeira etapa por inteiro. Muito disto passou por algo que não foi visto com frequência nos 45 minutos iniciais: as finalizações.
A primeira finalização do Botafogo na etapa inicial saiu apenas com 26 minutos. É mais uma evidência que a equipe tinha dificuldade de criar. No segundo tempo, este fator ficou para trás, com chances perigosas criadas ainda nos primeiros instantes da etapa final.
BATEU NA TRAVE
O Botafogo conseguiu transformar seu melhor momento no jogo em chances. Empurrado pela torcida e com facilidade de encontrar espaços entre os defensores da Chapecoense, a equipe de Eduardo Barroca foi, aos poucos, gostando da partida.
Logo aos três minutos, Alex Santana acertou a trave após uma cobrança de escanteio. Quinze minutos depois, o Glorioso chegou mais uma vez com perigo: em lançamento preciso de Gustavo Bochecha, o camisa 11 encontrou Diego Souza dentro da área. O atacante tirou Tiepo da jogada, finalizou com leveza, mas Gum se recuperou e tirou a bola em cima da linha.
SUBSTITUIÇÕES SEM EFEITO
O Botafogo melhorou no começo do segundo tempo, mas parou por aí. Após um certo tempo, a equipe de Eduardo Barroca voltou a encontrar dificuldade de assustar e esbarrou nas decisões erradas de passe - principalmente no terço final do gramado. Desta forma, o treinador resolveu mexer na equipe.
Barroca colocou Rhuan, Marcos Vinícius e Victor Rangel nos lugares de, respectivamente, Luiz Fernando, João Paulo e Lucas Campos. O primeiro, em sua estreia como profissional no Nilton Santos, sentiu o nervosismo e pouco produziu; o segundo não repetiu a atuação que teve contra o Corinthians, na rodada passada, e ficou sumido; o terceiro entrou já no fim e não teve muito tempo de mostrar algo. As opções do treinador, portanto, não fizeram a equipe melhorar, o que resultou, consequentemente, em mais cansaço físico.
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