Argentina, França… Relembre as derrotas dos EUA com atletas da NBA
Seleção americana caiu nas quartas de final da Copa do Mundo de basquete e perdeu uma invencibilidade de 48 jogos em competições oficiais
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Maior potência da história do basquete, os Estados Unidos amargaram o pior desempenho em Copas do Mundo. Após a derrota para a França nas quartas de final, os americanos voltarão para casa sem medalha pela primeira vez desde 2002, quando ficaram em sexto lugar.
Vencer os Estados Unidos não é uma tarefa fácil, independente dos jogadores convocados. Desde que os americanos passaram a convocar os atletas da NBA para as competições oficiais, foram 203 partidas, 193 vitórias e apenas dez derrotas. Em 147 jogos oficiais, foram 139 triunfos.
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Embora seja raro, não é impossível de vencer os Estados Unidos. Na Copa do Mundo de 2019, os americanos sentiram a ausência das principais estrelas da NBA e perderam duas vezes: contra a França, nas quartas de final, e Sérvia, na disputa do quinto ao oitavo lugar. Baseado nisso, o LANCE! relembra outras derrotas da seleção americana com jogadores da NBA.
Fracasso na Copa do Mundo de 2002
Em 2002, os Estados Unidos foi o país sede da Copa do Mundo FIBA. Após três conquistas olímpicas consecutivas (1992, 1996 e 2000), além do título mundial de 1994 e o terceiro lugar em 1998, a seleção americana queria manter o ciclo vitorioso em casa. Mas não foi bem assim.
Após avançarem em segundo lugar do grupo, os americanos foram derrotados pela Argentina por 87 a 80 na segunda fase. Nas quartas de final, o algoz foi a antiga Iugoslávia, que venceu por 81 a 78. Por fim, a derrota para a Espanha por 81 a 75 sacramentou o sexto lugar.
Fim da hegemonia nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004
Os Estados Unidos desembarcaram em Atenas 2004 como o atual tricampeão olímpico e buscando apagar o fiasco da Copa do Mundo de 2002. Desta vez os americanos levaram dois dos últimos três MVP (Jogador Mais Valioso) da NBA: Allen Iverson e Tim Duncan. Além deles, o elenco ainda contava com os jovens LeBron James, Dwyane Wade e Carmelo Anthony, que estavam no começo de suas carreiras.
Mas não foi o suficiente. Os Estados Unidos encontraram dificuldades desde o início da competição. Já na estreia, foram derrotados para Porto Rico por 93 a 72. Foi a primeira derrota olímpica desde que a seleção passou a disputar o torneios com jogadores da NBA, em 1992. Ainda na primeira fase, também perderam para a Lituânia por 94 a 90, e avançaram em último no grupo.
Por fim, na semifinal os Estados Unidos esbarraram na Argentina de Luis Scola, Manu Ginobili, Carlos Delfino e Andrés Nocioni, que venceu por 89 a 81. Com a derrota para os argentinos, a seleção americana perdeu a hegemonia de três ouros consecutivos e tiveram que disputar o terceiro lugar com a Lituânia. Os americanos ficaram com o bronze após vencerem por 104 a 96.
Bronze na Copa do Mundo do Japão 2006
Após os fiascos na Copa do Mundo de 2002 e nos Jogos Olímpicos de 2004, os Estados Unidos voltaram mais forte para o Mundial de 2006, no Japão. Com o técnico Mike Krzyzewski, vitorioso treinador do basquete universitário, além de LeBron James, Dwyane Wade, Carmelo Anthony e Chris Paul mais maduros, os americanos eram um dos favoritos ao título desta vez.
Na primeira fase, os Estados Unidos venceram os cinco jogos, incluindo uma vitória por 103 a 58 sobre Senegal. Nas oitavas de final, venceram a Austrália por 113 a 73. Nas quartas, a vítima foi a Alemanha, que perdeu por 85 a 65. Mas a Grécia fez história nas semifinais e venceram os americanos por 101 a 95. Foi a única derrota de Mike Krzyzewski em 76 jogos oficiais.
Com a derrota para a Grécia, os Estados Unidos disputaram o bronze contra a Argentina, e venceram por 96 a 81. O ouro ficou com a Espanha, que bateu a seleção grega por 70 a 47 na decisão. Apesar da medalha, os americanos não conquistaram o ouro no terceiro torneio consecutivo e voltaram para casa com um gosto amargo de derrota.
Fiasco no Mundial da China
Após conquistar três ouros olímpicos e dois títulos mundiais, os Estados Unidos foi para a Copa do Mundo da China sem as principais estrelas e com novidades. Entre elas, o técnico Gregg Popovich, pentacampeão da NBA com o San Antonio Spurs, que assumiu o cargo no lugar de Mike Krzyzewski, que encerrou o ciclo na seleção após o ouro na Olimpíada do Rio em 2016.
Com a ausência das principais estrelas, Popovich levou uma equipe repleta de jovens, entre eles Jayson Tatum, Jaylen Brown e Donovan Mitchell. O principal nome do time era o armador Kemba Walker. Desde a derrota para a Austrália por 98 a 94, em amistoso preparatório, era nítido que os americanos iriam ter dificuldades no Mundial.
Logo na segunda rodada do Mundial, os Estados Unidos venceram a Turquia na prorrogação e quase perderam a invencibilidade de 13 anos. Apesar do susto, venceram os três jogos da primeira fase e avançaram na liderança. Na segunda fase, venceram as duas partidas, incluindo uma sobre o Brasil, e asseguraram a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Com a eliminação da Sérvia nas quartas de final, tudo indicava que ninguém teria capacidade para tirar o título das mãos da seleção americana. Porém, a França quebrou a escrita e venceu os Estados Unidos por 89 a 79. Com isso, os americanos deixarão a China sem medalha e com a sua pior campanha na história das Copas.
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