Os cinco fatores que pesaram para o frustrante empate da Seleção
Brasil entrou em campo pela primeira vez em 2019 e, diante do modesto Panamá, ficou no 1 a 1 em duelo realizado em Portugal
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O primeiro teste da Seleção Brasileira em 2019 se deu neste sábado, em amistoso com o Panamá, no Estádio do Dragão (Porto). O empate em 1 a 1 frustrou a todos que pararam para assistir ao Brasil, que entrou com um meio-campo jovem - Casemiro, Arthur e Lucas Paquetá, autor do gol canarinho - e muito aguardado por Tite.
No entanto, a estratégia, no geral, não engrenou, e o que se viu foi uma equipe pobre na criação, sem improviso e com Philippe Coutinho e Roberto Firmino, sobretudo, decepcionando. Confira cinco fatores que pesaram para o tropeço:
A ESTRATÉGIA PARA VAZAR A RETRANCA
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O Brasil encontrou um Panamá com três zagueiros e que, sem a bola, defendia com uma linha de cinco. A estratégia de Tite, assim, foi a de um time com amplitude para atacar ações, com os laterais bem participativos, Coutinho flutuando por dentro e Lucas Paquetá, principalmente, acionado na área.
E o primeiro gol surgiu quando Casemiro viu espaço na intermediária, recebeu de Fágner, com o Panamá bem recuado, e achou Paquetá do outro lado. No geral, o Brasil teve controle das ações, embora tenha levado um gol - irregular - de bola parada, porém foi pouco incisivo para construir um placar elástico.
POUCO IMPROVISO
Coutinho está longe de viver a sua melhor fase técnica. Até por isso, não arriscou jogadas individuais e nem os seus precisos chutes de fora. Roberto Firmino, seu antigo companheiro de Liverpool, também ficou devendo na etapa inicial e não incomodou o ferrolho adversário como se esperava.
Aliás, Coutinho, provavelmente orientado por Tite e já como articulador com a saída de Paquetá - que estava bem - no início do segundo tempo, utilizou o recurso da bola longa mais do que o necessário para achar brecha no rival.
RICHARLISON, UM OÁSIS
Em nova chance como titular na Seleção de Tite, Richarlison foi o único do sistema ofensivo que buscou jogadas incisivas e, com dribles, tentou desmontar a defesa adversária, que se postou bem ao longo de toda peleja.
O camisa 21 não foi à rede, perdeu duas boas oportunidades, inclusive com uma bola na trave, mas certamente foi o que mais agradou Tite, que o escalou como ponta direita e o deu liberdade para se aproximar da referência.
CENTROAVANTES NÃO FUNCIONAM
Roberto Firmino, como já citado, não teve um bom rendimento e foi discreto enquanto teve em campo. Saiu ainda no início da etapa final. Gabriel Jesus foi o escolhido para tentar incomodar a defesa panamenha, mas não conseguiu sobressair em cima dos zagueiros e avançar para retomar a titularidade.
Everton também entrou nos minutos para colaborar com Jesus, porém a sua atuação foi tímida e não deu a agressividade que o Tite esperava quando tirou Paquetá para explorar o bom mano a mano de Cebolinha.
ENTREGA PANAMENHA E PRESSÃO
O Panamá teve uma postura e obediência tática de dar inveja. A equipe de Julio César Dely Valdés foi aguerrida e "competiu" no amistoso como se tivesse em um jogo de Copa do Mundo. O Brasil não igualou na disposição e, apático, não transformou a imensa superioridade na posse em oportunidades claras.
Agora, o desafio tende a ser mais encardido ainda, uma vez que encara a República Tcheca, com mais recursos técnicos, na terça-feira. A pressão por uma vitória contundente e com uma atuação a "nível Seleção Brasileira" não podem travar a equipe de Tite. Pelo contrário, tem de servir como combustível.
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