Coisa feia! Os clubes da Série A com problemas para honrar pagamentos
São Paulo, Botafogo e Santos tiveram problemas recentes com atrasos de direitos de imagem e salários. LANCE! relembra outros casos desse tipo no futebol brasileiro
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A crise econômica brasileira não afeta somente a população em geral. Os clubes vem sendo afetados pela economia precária e também pela má administração de seu dirigentes, muitas vezes atrasando salários e direitos de imagem dos jogadores e funcionários.
São Paulo, Botafogo, Santos e Fluminense foram alguns clubes que tiveram problemas desse tipo nos últimos anos. O LANCE! relembra casos de clubes que estão ou estiveram com problemas para honrar os pagamentos.
São Paulo
O São Paulo teve problemas para quitar os direitos de imagem do elenco neste começo de ano. Alguns jogadores apontaram dois meses de atraso, enquanto para outros o débito chega a quatro meses. Nesta segunda-feira (8), o clube pagou parte dos direitos de imagem atrasados.
A dificuldade para honrar com os compromissos é causada por um rombo no caixa do clube, fruto sobretudo das eliminações precoces na Libertadores (fase preliminar) e na Copa do Brasil (oitavas de final). No orçamento de 2019, o Tricolor previa chegar ao menos até as quartas de final dos dois torneios, o que aumentaria os ganhos com bilheteria e premiações.
Santos
O Santos é outro clube paulista que está sofrendo para honrar pagamentos, principalmente os direitos de imagem dos atletas, que corresponde a maior parte do salário. Esse atraso fez com que Sampaoli, treinador do Peixe, enviasse um email ao presidente para cobrar a quitação da dívida. O mandatário havia prometido quitar a pendência até o começo deste mês, o que não aconteceu.
Outra dívida do clube é com o técnico Cuca, atualmente no São Paulo, e que comandou o Peixe no segundo semestre de 2018. Ele cobra salários atrasados e vai processar o clube. O valor da dívida gira em torno de R$ 2 milhões.
Botafogo
A situação financeira do Botafogo não é nada boa. O elenco está com dois meses de salários atrasados e parte dos jogadores já ameaçam fazer greve nos próximos dias. Os jogadores já estão sem realizar entrevistas coletivas e participar de ações de marketing por conta do atraso salarial. Recentemente, até a luz da sede do clube foi cortada.
Sem dinheiro, o Botafogo busca soluções emergenciais para pagar os atletas. Segundo a empresa de marketing esportivo "Sports Value", do especialista Amir Somoggi, o Alvinegro é o maior devedor do futebol brasileiro: o clube deve R$ 730 milhões.
Fluminense
O Fluminense sofre para pagar os salários desde o começo desta temporada. O Tricolor das Laranjeiras chegou a atrasar três meses do pagamento aos atletas, tempo permitido pela justiça para os jogadores pedirem a rescisão de contrato por falta de pagamento. Em junho, o clube pagou um mês, mas ainda deve os salários de CLT dos meses de abril e maio, 13º e férias de 2018, além dos direitos de imagem entre janeiro e abril.
Além disso, o Tricolor teve penhora de R$ 2.015.904,04, em 30% da verba de transmissão dos jogos junto ao Grupo Globo, por conta de atrasos de aluguel de um casarão já utilizado pelo Tricolor para alojamento de jogadores de fora do Rio. O clube irá recorrer da decisão.
Vasco
O Vasco é outro clube do Rio de Janeiro que sofre para pagar salários aos funcionários. No começo de junho desse ano, os trabalhadores decidiram realizar uma greve bloqueando a entrada principal e desligando o fornecimento de energia elétrica. naquela época. os funcionários do Vasco estavam com três meses de salários atrasados. Hoje, o elenco tem, atualmente, um mês de salário (CLT) e um de direitos de imagem atrasados.
Cruzeiro
A crise fora de campo do Cruzeiro parece não ter fim. Além de toda a polêmica por conta de indícios de pagamentos suspeitos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, a Raposa está com o mês de junho em atraso com os atletas. O setor administrativo recebeu o pagamento nesta semana.
Os problemas não param. Ontem, a FIFA determinou que o clube perca seis pontos por conta de uma dívida pela compra do atacante William Bigode em 2014. O valor gira em torno de R$ 6 milhões de reais. O Cruzeiro recorreu.
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