Como andam os medalhistas do Brasil nos Jogos Rio-2016? Confira!
Isaquias Queiroz conquistou no domingo o ouro na prova C1 500m, não olímpica, na etapa polonesa da Copa do Mundo de canoagem velocidade. Saiba qual é a situação dos brazucas
A pouco mais de um ano para os Jogos Olímpicos de Tóquio, os brasileiros que foram medalhistas na última edição do evento, no Rio de Janeiro, em 2016, vivem situações distintas. No domingo, Isaquias Queiroz, dono de duas pratas (C1 1.000m e C2 1.000m, esta com Erlon Souza) e um bronze (C1 200m) na capital fluminense, mostrou força em uma prova não olímpica, o C1 500m, na etapa de Poznan (POL) da Copa do Mundo de canoagem velocidade.
Já no C1 1.000m, um dia antes, o baiano terminou apenas na sétima colocação e mostrou que ainda tem ajustes a fazer se quiser chegar ao topo do pódio. O ouro na Polônia ficou com o cubano Jose Ramon Pelier Cordova.
Veja como estão atualmente os outros medalhistas olímpicos da Rio-2016.
MARTINE GRAEL E KAHENA KUNZE
Donas do ouro na classe 49erFX na Rio-2016, Martine Grael e Kahena Kunze vivem bom momento na campanha olímpica. Elas vêm de dois títulos em três competições na Europa nas últimas semanas. Na temporada, foram campeãs do Europeu da classe, em Weymouth, na Inglaterra, da Mindwinter, a etapa de Miami Copa do Mundo de vela, e do Troféu Princesa Sofia, na Espanha.
As velejadoras já asseguraram a vaga do Brasil em Tóquio-2020 no Mundial de Aarhus, na Dinamarca, no ano passado. Resta a confirmação de seus nomes, o que ainda será feito pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela). Como não há outra parceria no país no mesmo nível da de Martine e Kahena, elas estão, na prática, asseguradas nos próximos Jogos Olímpicos.
ALISON E BRUNO SCHMIDT
Responsáveis pela festa do público na praia de Copacabana em 2016, Alison e Bruno Schmidt não conseguiram manter o bom rendimento juntos após os Jogos do Rio e trocaram de parceiros. Atualmente, o primeiro joga ao lado de Álvaro Filho, enquanto o segundo tem ao lado Evandro, que disputou a última Olimpíada com Pedro Solberg. Ambos participam no momento da corrida olímpica para Tóquio.
Passadas quatro etapas do Circuito Mundial que contam pontos no ranking dos Jogos, Bruno e Evandro lideram a disputa interna por vagas. Alison e Álvaro estão em quarto, atrás de André Stein/George e Pedro Solberg/Vitor Felipe.
Medalhistas de prata no Rio no mesmo esporte, Ágatha e Bárbara Seixas também desfizeram a dupla. A primeira hoje joga ao lado de Duda, com quem é a atual campeã do Circuito Mundial e está em terceiro lugar na corrida olímpica, e a segunda atua com Fernanda Berti, com quem aparece em quinto. Ana Patrícia e Rebecca lideram, após três etapas que contam pontos.
THIAGO BRAZ
Surpresa ao conquistar o ouro no salto com vara na Rio-2016, quando se tornou o primeiro campeão olímpico do atletismo masculino brasileiro desde Joaquim Cruz, em Los Angeles-1984, Thiago Braz não teve sucesso nos anos que sucederam o feito. Em 2019, teve como melhor marca 5,75m, que o deixa na 12ª colocação no ranking mundial. No Rio, ele saltou 6,03m.
RAFAELA SILVA
A judoca Rafaela Silva também enfrentou um período de baixa após o ouro olímpico no Rio, na categoria até 57kg. Em 2019, porém, seus resultados melhoraram. Atual sexta colocada no ranking mundial, a judoca vem de ouro no Grand Slam de Baku (AZE), quando quebrou o jejum de quatro decisões disputadas nesta temporada sem nenhum título. Ela foca agora na disputa do Campeonato Mundial, que acontecerá entre 25 a 31 de agosto, em Tóquio.
O judô brasileiro também subiu ao pódio no Rio com Mayra Aguiar, que levou a prata e atualmente lidera o ranking mundial da categoria até 78kg, e Rafael Silva, que ficou com o bronze e hoje está em quarto no ranking acima de 100kg.
ROBSON CONCEIÇÃO
Primeiro e único brasileiro campeão olímpico no boxe, Robson Conceição apostou as fichas na carreira no boxe profissional e está invicto, com 12 triunfos, sendo seus por nocaute, e pretende lutar pelo título mundial dos penas. Atual 38º colocado no ranking do Conselho Mundial de Boxe, o atleta volta a lutar no dia 8 de junho, em Renos, nos Estados Unidos, na preliminar de Oscar Valdez x Erick Ituarte.
FELIPE WU
Após conquistar a prata na pistola de ar 10m do tiro esportivo na Rio-2016, Felipe Wu não conseguiu manter o alto nível nas competições. No Mundial do ano passado, terminou a prova apenas na 41ª colocação. Atualmente, ocupa a 58ª posição no ranking mundial.
DIEGO HYPOLITO E ARTHUR NORY
Responsáveis por colocar a ginástica brasileira no pódio na Rio-2016, Diego Hypolito e Arthur Nory enfrentaram lesões que prejudicaram suas pretensões neste ciclo olímpico. Aos poucos, eles tentam recuperar os bons resultados.
O primeiro, que conquistou a prata no solo na Rio-2016 e recentemente assumiu pela primeira vez publicamente sua homossexualidade, passou por uma cirurgia na coluna no ano passado. Já Nory, que faturou o bronze na mesma prova no Rio, precisou tratar um edema no joelho, descoberto no ano passado, e também luta para chegar bem ao ano olímpico.
POLIANA OKIMOTO
Primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica na natação, na maratona aquática, Poliana Okimoto se aposentou do esporte em 2017 e passou a se dedicar à vida de empresária. Ela idealizou a Travessia Poliana Okimoto, evento com provas de 500m e 2km. A ex-nadadora também integra a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
MAICON ANDRADE
Primeiro homem brasileiro a faturar uma medalha olímpica no taekwondo, Maicon Andrade tenta se manter entre os melhores no ano que antecede os Jogos de Tóquio-2020. Neste mês, ele ajudou a Seleção a selar uma campanha histórica no Mundial da modalidade, disputado em Manchester, na Inglaterra, com um bronze na categoria acima de 80kg. O país levou cinco medalhas. Maicon aparece na 23ª colocação no ranking mundial atualmente.
SELEÇÃO MASCULINA DE VÔLEI
A "Era Bernardinho" na Seleção Brasileira terminou com a conquista do ouro na Olimpíada do Rio, mas o time verde e amarelo, agora renovado e com Renan Dal Zotto no comando, segue forte na busca pelos títulos das principais competições mundiais e é candidato a medalha em Tóquio-2020. O país é o líder do ranking de seleções da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
A equipe estreia na Liga das Nações nesta sexta-feira, contra os Estados Unidos, em Katowice, na Polônia. Em 2019, porém, o maior desafio é o Pré-Olímpico, entre 9 e 11 de agosto, na Bulgária.