Após dez jogos: confira destaques e o que falta para o Vasco se aperfeiçoar
Defesa com média de meio gol sofrido por jogo, Lucas Mineiro, Yago Pikachu e Marrony vão bem no início de ano, enquanto Bruno César e Maxi López ainda buscam melhor forma
O clássico com o Botafogo marcou a décima partida do Vasco em 2019. Ainda é início de ano, mas aspectos relevantes da equipe comandada por Alberto Valentim já ficaram claros. Alguns dão base para a sequência do trabalho, outros revelam possibilidade de evolução e já há ressalvas a serem feitas.
Começou com título
De início, o latente. A equipe conquistou a Taça Guanabara, e com 100% de aproveitamento. Inclusive superando com triunfos jogos em condições que beiravam a insalubridade - caso das partidas contra o Madureira, em Conselheiro Galvão, e Portuguesa, em Moça Bonita. Ambos de tarde, em gramado ruim.
Mas os dois empates que impedem a totalidade de vitórias na temporada acendem razões para alerta, e por razões diferentes: contra o Botafogo, um segundo tempo de pouquíssima criatividade; contra a Juazeirense, pela Copa do Brasil, a equipe não se adaptou às condições também adversas e teve em Andrey um ponto de desequilíbrio da equipe. O volante já levou quatro amarelos no ano, um vermelho e não vive bom momento técnico.
Quase intransponível
Fora isso, o desempenho que satisfaz Valentim tem a defesa com ótimo aproveitamento. Foram apenas cinco gols sofridos: dois contra o Volta Redonda, dois contra a Juazeirense e um marcado pelo Botafogo. Destes cinco, um foi após cobrança de falta, dois após jogo aéreo, um de pênalti e um de jogada rasteira. A retaguarda cruz-maltina tem levado ampla vantagem, inclusive nos três clássicos disputados até aqui - mesmo sem o time, como um todo, dominar tais jogos.
Lucas Mineiro
Os dois volantes estão entrosados. Raul, mais contido, libera Lucas Mineiro para ser um destaque da temporada vascaína e do Campeonato Carioca. O jogador emprestado pela Chapecoense soma três gols em nove jogos, e tem aparecido com lançamentos e aparecendo em diferentes partes do campo.
Ataque se ajustando
No setor de criação e finalização, Marrony é destaque com quatro gols, ao passo que Alberto Valentim vai ter que quebrar a cabeça, ao longo das semanas, para encaixar os demais jogadores - em melhor momento. Maxi López, por exemplo, é a referência, e já destacou que precisa, pelos 34 anos, de sequência de jogos para alcançar o ritmo de jogo. Até agora são cinco partidas (três por inteiro), um gol marcado (de pênalti) e quatro cartões amarelos.
Por outro lado, Bruno César mostrou, nos dois últimos jogos, estar em processo de evolução e já próximo de uma boa forma - embora o treinador pregue cautela. Rossi estreou, mas também há Yago Pikachu, com três gols até aqui, justificando titularidade.
Opções sendo testadas
Fator positivo neste início de ano foi o número de jogadores observados mantendo o nível das atuações: entraram em campo, mesmo que poucos minutos, 28 atletas. Alguns, como Thiago Galhardo, deverão ter mais oportunidades ao longo do ano. Outros, como Dudu, lutam por espaço. Recém-promovidos após a Copa São Paulo vão barganhando chance, como Lucas Santos.