O Botafogo se deparou com uma equipe bem encaixada, na noite desta quarta-feira, pela segunda fase da Copa do Brasil, e que soube valorizar a classificação do Glorioso no torneio. A vitória no Estádio Nilton Santos veio através de um 3 a 0, com gols de Erik (2) e Rodrigo Pimpão, e com a capacidade do time de Zé Ricardo em entender a postura dos rivais e jogar com segurança e "cabeça".
O LANCE! separou situações que marcaram o triunfo alvinegro, o quinto em seis jogos do clube neste mês - o outro jogo terminou empatado, o que faz com que o Botafogo esteja invicto há seis compromissos.
ABAFA DOS VISITANTES
O Cuiabá não quis saber de esperar o Botafogo trabalhar com a bola. A equipe de Itamar Schülle abafou as saídas do Alvinegro e adiantou as linhas, o que dificultou a estratégia de Zé Ricardo, que optou por acionar Bochecha na vaga de Jean justamente para qualificar as construções via campo defensivo.
O Botafogo demorou a criar perigo em bola trabalhada, algo que ocorreu somente na casa dos 30 minutos do primeiro tempo, em finalização de Rodrigo Pimpão. Enquanto isso, o Cuiabá mantinha-se bem postado e, quando possível, trocar passes para irritar a torcida da casa.
UMA SAÍDA PARA O MEIO CONGESTIONADO
Como Bochecha não estava com o espaço suficiente planejado por Zé Ricardo na faixa central, o treinador inverteu Rodrigo Pimpão e Erik de lado - o primeiro foi para a direita - e fez com que Marcinho deixasse a lateral nas saídas de bola para que Pimpão ou Valencia apoiasse com suporte às triangulações.
E foi em uma jogada como a citada acima que o gol de Erik surgiu. Valencia ocupou o corredor direito e cruzou para o camisa 11, que aproveitou uma brecha na área adversária para abrir o marcador. Com o meio congestionado, a estratégia deu certo e aliviou a pressão, no fim do primeiro tempo.
PECANDO NA CRIATIVIDADE
O Cuiabá retornou do intervalo com a postura agressiva e, sem perder a organização, criou ótimas jogadas que obrigaram Gatito a trabalhar. Com isso, o Alvinegro passou a ter espaços para contra-atacar.
Alex Santana conseguiu fazer bem as transições das jogadas, mas, no último terço de campo, a equipe no geral pecou nas conclusões e o goleiro Victor Souza praticamente não teve que trabalhar ao longo do segundo tempo.
ESTREIA DE CÍCERO PARA MATAR O JOGO
A torcida começava a esfriar as reações quando Zé Ricardo chamou Cícero para estrear. Alex Santana cansara, e Cícero entrou para cozinhar a partida, cuidar bem da posse de bola e evitar que o Cuiabá crescesse na reta final.
E graças à qualidade técnica de Cícero, que já havia promovido uma arrancada de campo a campo e dado um carrinho para causar frisson no torcedor, um contra-ataque foi originado após um lançamento do estreante. Pimpão e Kieza tabelaram, e o camisa 7 ampliou o marcador. Aposta certeira.
ERIK E O MÊS DOS SONHOS
Em outro contra-ataque bem encaixado, Valencia achou Rodrigo Pimpão, que sofreu o pênalti. Adivinha quem, desde o apito, sinalizou que iria bater? Erik, cada vez mais próximo do status de ídolo, pôs a bola debaixo do braço e fez o segundo gol na partida, sacramentando a classificação.
Com os dois na partida desta noite, Erik chegou a 11 gols em 26 partidas com a camisa do Botafogo, sendo que, todos os seis deste ano, foram anotados em fevereiro. O mês, aliás, encerra com o Botafogo invicto: seis jogos, com cinco vitórias e um empate.