O Flamengo esteve longe de ter um dia agradável. Diante do Bahia, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro e na Arena Fonte Nova, foi para o vestiário com três gols de desvantagem e sem uma oportunidade cristalina para fazer por merecer retornar ao Rio de Janeiro com ponto na bagagem.
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O confronto, vencido por 3 a 0 pelo Tricolor, foi marcado pela - discreta - estreia de Filipe Luís e por um erro considerável de Diego Alves. O LANCE! lista estes e outros três fatores a serem sublinhados na tarde para esquecer do Flamengo.
UM ERRO FORA DA CURVA
O Flamengo esteve longe de apresentar repertório para sair de trás com qualidade, passando pela segunda linha de marcação do Bahia, que estava alta desde o apito inicial. A estratégia de Roger Machado se provou mais eficiente.
Já com um 1 a 0 no placar, o Tricolor manteve a pressão e, assim, forçou Pablo Marí a recuar uma bola na fogueira para a perna direita (a ruim) de Diego Alves, que escolheu a opção errada e entregou a bola nos pés do letal Gilberto. Um erro fora da curva e que comprometeu o cenário da partida.
ESTREIA DE FILIPE LUÍS
Filipe Luís foi apresentado no último dia 26, quando também iniciou os trabalhos com bola no Ninho do Urubu. Neste domingo, teve a oportunidade de estrear, e já como titular, depois de quase um mês e meio sem jogar. No geral, a participação foi discreta e sem protagonismo.
É natural que Filipe tenha sentido falta de entrosamento e de ritmo de jogo. No primeiro tempo, ao menos, participou bastante com toques curtos - era quem tinha passado mais certo na peleja. No segundo, saiu aos dez minutos para a entrada de Renê, em alteração já programada pela comissão técnica.
CARTADAS LETAIS DO BAHIA
O Bahia fez três gols que estavam rascunhados em sua estratégia inicial: um explorando a linha alta da defesa do Flamengo, um pressionando a saída de bola, forçando o erro (de Diego Alves, já citado anteriormente) e um no contra-ataque em ampla vantagem numérica.
Todas as cartadas foram concretizadas com Gilberto, letal, como de praxe - o centroavante, flamenguista declarado, chegou a 20 gols na temporada. No segundo tempo, esteve seguro sem a bola, mais compactado na defesa.
NOVO TESTE PARA REINIER
A expectativa inicial apontava para a estreia de Reinier entre os titulares. Não ocorreu. Jesus optou por deixar a joia no banco de reservas, assim como havia acontecido nos dois últimos jogos - sendo que, diante do Emelec, entrou na vaga de Gabigol, perto da área e centralizado.
Já desta vez, foi acionado nos primeiros minutos da etapa final. Enquanto Arrascaeta esteve em campo, jogou como na última quarta-feira. Pouco depois, passou a cair mais pelo lado esquerdo do ataque, com liberdade maior para flutuar. O atleta da Seleção sub-17 ganhou pontos e mostrou as credenciais em bela jogada, onde criou e deixou à feição para Berrío, que perdeu, já no fim.
PERNA PESOU: CRIAÇÃO NULA
Ao longo do jogo, aconteceu algo que a comissão técnica cogitava, mas que optara por correr o risco: escalar força máxima. O desgaste físico da maioria dos jogadores pesou, sobretudo no segundo tempo, quando o Flamengo viu o Bahia recuar para esperar. Não houve inspiração, e muito menos intensidade, para furar o ferrolho baiano. Dá para compreender por todo o drama (incluindo o aspecto mental) no roteiro contra o Emelec.
A opção por força máxima, ainda mais com dois jogadores voltando de lesão (Éverton e Arrascaeta), tem externado uma exposição no meio-campo. O alento que fica é a semana cheia que Jesus terá para treinamentos - e recuperações.