Os destaques da festa e recorde de ‘outro patamar’ do Flamengo no Maracanã
Rubro-Negro saiu atrás do Ceará, mas reverteu no segundo tempo com três gols de Bruno Henrique e um de Vitinho
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Até que rolou um “tio mala” (Thiago Galhardo) na festa do heptacampeão brasileiro, mas o Flamengo soube se superar e, diante de quase 70 mil torcedores no Maracanã, alcançou a vitória de virada por 4 a 1, com direito a três gols de Bruno Henrique, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Vitinho completou o placar e deixou o seu nome num recorde “de outro patamar”, como diria o empolgado camisa 27, alcançado pelo clube.
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'VENCEMOS JUNTOS'
Antes de a bola rolar, o clima de festa já se fazia presente nos arredores do Maracanã. Boa parte dos presentes ostentavam as duas faixas de campeão - uma da Libertadores e a outra do Brasileiro. Leveza e muitas conversas ainda a respeito do fim épico do confronto em Lima marcaram o pré-jogo.
Dentro do estádio, foi só os goleiros aparecerem para o aquecimento para o primeiro grito de "É campeão!" ser entoado. Quem também foi festejado, mesmo sem poder entrar em campo, foi Gabigol, suspenso, e que ouviu um sonoro "Fica, Gabigol!". Quando o time entrou de vez, um mosaico escrito "Vencemos Juntos", em alusão ao apoio na campanha da Libertadores, trouxe ainda mais beleza às comemorações.
O 'TIO MALA' APARECEU
A festa ia muito bem, obrigado. O Flamengo tinha o controle do jogo, atuava no campo do Ceará e encontrava através de Diego, principalmente, bons passes verticais e diagonais para furar o ferrolho montado por Adilson Batista.
Eis que na casa dos 30 minutos da etapa inicial, depois de uma bela jogada individual de Felipe Silva, pela esquerda do ataque cearense, Thiago Galhardo empurrou para a rede se tornou o famigerado "tio mala" apareceu para pôr água no chope.
NOVA CONFIGURAÇÃO NO ATAQUE
Reinier iniciou a partida ao lado de Bruno Henrique no ataque, enquanto Willian Arão, Diego, Arrascaeta e Everton Ribeiro compuseram o meio e tentavam dar dinâmica por dentro, com mobilidade e intensa movimentação.
Ainda antes do intervalo, como Reinier pouco conseguia render na função planejada por Jesus, Vitinho foi acionado para atuar mais posicionado no lado esquerdo. A nova configuração fez a equipe ser mais agressiva e trouxe boas bolas levantadas pelos flancos. Por pouco, pouco mesmo, já que até bola na trave teve com o volume aumentado, o empate não veio no primeiro tempo.
ÁGUA NO CHOPE? QUE NADA, TEM BRUNO HENRIQUE
A torcida ia cantando para o time virar. Em campo, o domínio das ações era visto, como era de se esperar, com o Ceará sem investir o suficiente para tentar matar o jogo. Lincoln entrou e, com participação direta, escorou de cabeça para Bruno Henrique iniciar a reação e a noite de protagonismo.
O empate veio aos 19 da etapa final. a virada, aos 28, e aos 40, o hat-trick do atacante. Bruno Henrique, um dos que mais apareciam alegres (entenda alterados) nas festas dos títulos só ratificou o seu faro de gol ao decidir um duelo que estava encardido e fez jus ao status de "Rei da América".
RECORDE DE OUTRO PATAMAR
Com mais três pontos nas mãos, o Flamengo chegou a 84 pontos no Brasileiro, se isolou com 16 pontos à frente de Santos e Palmeiras, segundo e terceiro colocados, respectivamente, e alcançou um recorde, também isolado.
Explica-se: desde 2006, quando ocorreu a primeira edição dos pontos corridos com 20 clubes, nenhuma equipe ultrapassava os 81 pontos na competição. O Flamengo, antes desta rodada, estava igualado com o Corinthians de 2015. Como diria Bruno Henrique, herói da noite, um feito de "outro patamar".
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