Golaço premia resquício de ousadia: razões para a vitória heroica do Bota
Botafogo recebeu o Defensa y Justicia nesta quarta-feira, no Nilton Santos, e superou a forte chuva e o ótimo momento dos argentinos com uma vitória merecida, no último lance
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O Botafogo entrou em campo para enfrentar o Defensa y Justicia, nesta quarta-feira, ciente da dificuldade que teria pela frente. O que não aguardava, contudo, era a forte chuva que atingiu o Rio de Janeiro. O gramado do Estádio Nilton Santos suportou bem o aguaceiro, mas a troca de passe foi prejudicada. E quem disse que seria desse jeito? Erik optou por arriscar e acertou um chute de rara felicidade, de fora da área, e decidiu o confronto (1 a 0).
O canhão de Erik sacramentou a vitória no último lance da partida. O LANCE! lista razões para o triunfo alvinegro - o jogo da volta será realizado no dia 20.
POSTURA DESTEMIDA
A invencibilidade do Defensa y Justicia, de 17 partidas (toda a temporada local), assustava. O Botafogo, no entanto, não esperou os argentinos para adotarem uma estratégia. Zé Ricardo teve méritos ao não abaixar as linhas e investir nas bolas longas, diagonais. Nesse aspecto, Rodrigo Pimpão foi importante nos lançamentos e viu o seu time criar as melhores chances na etapa inicial.
ARREMATES DE LONGE
Das sete finalizações do Botafogo na partida, a maioria do Alvinegro foi de fora da área. Logo no primeiro tempo, com o domínio das ações, o Alvinegro chegou perto de furar a meta do goleiro Unsain, bem protegido pela sua zaga. Alex Santana, em sua melhor característica, também arriscou em duas ocasiões, porém nenhuma teve direção. Isso até os 48 minutos do segundo tempo.
ERIK É PREMIADO NO FIM
Com menos posse de bola, Botafogo ficou apenas pelas tentativas de longe na segunda etapa. Pouco incomodava o Defensa y Justicia, que também só havia chegado perto de abrir o placar em um lance esporádico, em contra-ataque veloz - uma de suas fortalezas.
A torcida já estava ficando conformada com o empate e com o espetáculo prejudicado por conta da chuva, até que Erik externou um resquício de ousadia de Zé Ricardo e companhia e mandou um tirambaço, da entrada da área: bola no ângulo e muita festa. Vitória justa pela não desistência da mesma.
O QUE NÃO DEU CERTO
É difícil apontar o que deu errado em uma vitória heroica, no último lance e que alijou uma invencibilidade do vice-líder do Argentino e melhor visitante da liga hermana. Mas alguns fatores fizeram com que o time de Zé Ricardo "emperrasse" no último terço do confronto no Niltão.
A escolha de Luiz Fernando como articulador, por exemplo, novamente não funcionou, deixando o Glorioso sem criatividade e jogadas por dentro. No segundo tempo, o treinador alvinegro mexeu no meio, tentou dar um novo gás, mas o placar favorável só foi possível graças à ousadia - e talento - de Erik.
Outro ponto a ser destacado negativamente é a referência do time. Kieza voltou a ser pouco participativo como pivô, tanto que Zé chamou a sua atenção em algumas ocasiões. Ainda nulo, o centroavante foi substituído no fim.
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