Intensidade no início e emoção no fim: motivos para o empate do Vasco
Cruz-Maltino marca no fim, mas tem atuação inconsistente: bom começo de partida, falta de criatividade no decorrer do duelo e gol salvador no último minuto no clássico
Maxi López foi o herói e apareceu para marcar o gol de empate do Vasco contra o Flamengo, neste sábado, no Maracanã. Assim, o Cruz-Maltino mantém a série de partidas invictas no ano, sem saber o que é uma derrota nesta temporada. O argentino não sentiu a pressão e, no último minuto do duelo, marcou, de pênalti, o tento que decretou o 1 a 1 no placar.
Dentro de campo, o Cruz-Maltino teve um bom início, dava a impressão de que iria assustar no ataque, mas, com o passar do tempo, viu o Flamengo crescer. No fim, Maxi López apareceu para balançar as redes e deixar tudo igual. O LANCE! destaca pontos da atuação do Vasco.
Início animador
O início da partida mostrou um Vasco forte. A equipe comandada por Alberto Valentim entrou melhor em campo, sem deixar o Flamengo ter paz. Por meio da pressão na saída de bola rubro-negra, o Cruz-Maltino buscava colocar, principalmente, os jovens jogadores em uma situação desconfortável e, a partir disso, criar chances com a defesa adversária desarrumada.
No começo da partida, o Vasco conseguiu sucesso nesse objetivo. Thuler, Hugo Moura e Ronaldo, jovens que formaram a espinha defensiva do Flamengo pelo centro do campo, pareceram nervosos com a bola. Apesar das chances criadas, o Vasco não conseguiu balançar as redes.
Forte marcação pelo meio
Apesar do meio-campo reunido as três contratações mais caras da história do Flamengo, o Rubro-Negro não teve sucesso pelo setor central do campo. Raul e Lucas Mineiro tiveram trabalho, mas evitaram que a equipe de Abel Braga criasse suas oportunidades de gol pelo meio, sendo 'obrigada' a ir pelos lados.
Faltou criatividade
Apesar de toda a emoção por conta do gol de empate nos minutos finais, o Vasco mostrou inconsistência no Maracanã. Após o bom início, o Cruz-Maltino não conseguiu criar chances para balançar as redes no restante do primeiro tempo e na metade inicial da etapa complementar. Por vezes, a equipe não conseguia trocar passes e buscava assustar por meio dos cruzamentos que, na maioria das vezes, não possuíram uma direção correta.
Maxi decisivo
Clássico dos Milhões, Maracanã, pressão da torcida e pênalti no último minuto. Em tese, fatores que colocariam muitos jogadores em estado de nervosismo, mas não com Maxi López. No fim, o argentino mostrou presença, cobrou a penalidade com firmeza e correu para o abraço. Apesar de ainda não estar na forma física ideal, o camisa 11 mostra o usual nível de protagonismo.
A sequência continua
O Vasco ainda não sabe o que é perder. Apesar da atuação de altos e baixos, o treinador Alberto Valentim, ao encarar uma situação adversa, não pestanejou em fazer substituições ofensivas e buscar, no mínimo, o empate. A equipe de São Januário incomodou o Flamengo no fim do segundo tempo, criou chances e foi coroada com um pênalti. O Cruz-Maltino segue invicto em 2019.