Leonardo, Paquetá… Reestruturação do Milan começa a dar resultados
Com nova diretoria, melhorias no comando do futebol e novas contratações, os Rossoneri voltam a ter protagonismo na Itália e se aproximam de retorno à Liga dos Campeões
Após um período conturbado administrativamente, que fez com que o clube fosse comprado por um fundo de investimento americano, a reestruturação do Milan, face ao cenário futebolístico europeu, começa a dar bons resultados. O clube, aos poucos, vai retomando o protagonismo em âmbito nacional e europeu.
Terceiro colocado no Campeonato Italiano e com grandes jogadores no elenco, muitos fatores foram determinantes para a retomada da equipe: a vinda de Leonardo como diretor executivo, novos investimentos, atenção ao futebol e boas contratações. O LANCE! elenca abaixo os motivos da evolução da equipe.
ADMINISTRAÇÃO CONSCIENTE
O fundo de investimento americano, Elliott, é um dos primeiros responsáveis pela reestruturação. O grupo comprou o Milan, assumiu algumas dívidas e passou a administrar o clube com mais austeridade e atenção. O antigo dono, o chinês Li Yonghong, foi um dos responsáveis pela crise financeira da equipe e os resultados ruins anteriores. O clube chegou a ser suspenso da Liga Europa pelo Fair Play Financeiro, mas recuperou sua vaga, na temporada passada, com o Elliot.
LEONARDO NA FRENTE
Um dos trunfos do Elliot foi se afastar do futebol e influenciar pouco nas decisões do departamento. O grupo anunciou o retorno de Leonardo, ex-dirigente e jogador do clube, em julho de 2018. O brasileiro conhece bem o Milan e tem experiência, sendo um dos responsáveis pela montagem do elenco e com participação capital nas contratações de Paquetá e Piatek.
NÚMEROS GERAIS
Aos poucos o Milan foi retomando seu protagonismo. Apesar da Juventus disparar na liderança, a equipe está bem próxima de conseguir, novamente, uma vaga na Liga dos Campeões, o que não acontece há cinco anos. Os Rossoneri ocupam a terceira colocação, com 48 pontos e ultrapassaram, na última rodada, a rival Internazionale.
PANORAMA DE COMPETIÇÕES
Terceiro lugar no Italiano, o Milan tem 13 vitórias, nove empates e apenas quatro derrotas, o mesmo número do segundo colocado Napoli. O clube também está vivo na Copa da Itália: empatou em 0 a 0, com a Lazio, no jogo da ida da semifinal, e segue com possibilidades de título. Na Liga Europa, porém, foi desclassificado na fase de grupos.
COMANDO TÉCNICO
Com personalidade explosiva, Gattuso chegou no comando técnico do Milan em 2017 e sobreviveu ao caos financeiro da equipe. Desde a chegada de Leonardo, o italiano foi se consolidando como um dos pilares do clube. Em 35 jogos na atual temporada, venceu 17, empatou 11 e perdeu apenas sete. Um bom aproveitamento.
SETOR DEFENSIVO
Um dos acertos de Gattuso foi dar um jeito na zaga rossonera. Ex-volante, o italiano soube dar mais sustentabilidade ao setor defensivo. Dois jogadores se destacam nesse sentido: o zagueiro Romagnoli e o volante Bakayoko. Além do goleiro Gianluigi Donnarumma, que aos 20 anos, se destaca no futebol italiano.
PAQUETÁ
Uma das principais contratações do Milan foi Lucas Paquetá. O jovem de 21 anos faz bom início de trajetória em seu primeiro clube na Europa. Apesar de ainda exibir alguns erros, principalmente no setor defensivo, Paquetá mostrou a que veio, com assistências, dribles e gols. Ao todo, são 11 jogos, um gol e duas assistências.
CORREÇÕES
Uma das apostas de Leonardo foi o argentino Higuaín, vindo da Juventus. O investimento foi alto, mas o atacante não correspondeu em campo e foi negociado com o Chelsea. O Milan, porém, soube lidar com o "prejuízo" e apontou uma solução rápida e efetiva. Contratou Piatek, que se tornou um dos destaques do clube e fez a torcida esquecer Higuaín.
O ARTILHEIRO
Junto com Paquetá, Piatek virou referência do setor ofensivo. Em seus primeiros oitos jogos, marcou sete gols e solucionou a ferida deixada por Higuaín. Na temporada, se contar a passagem no Genoa, são 29 jogos, com 26 gols e uma assistência. Números de grandes atacantes da atualidade.
*sob a supervisão Leonardo Martins