Uma relação que deu certo em 2018, mas entrou em queda livre em 2019 determinou a saída de Maxi López do Vasco. Depois de se tornar essencial para a equipe e conquistar a torcida, o argentino terminou a relação com o clube nesta sexta-feira. E, mesmo com jogadores e funcionários pedindo que ele reconsidere a decisão, o futuro do jogador deve ser longe da Colina.
Cerca de 4kg acima da meta estipulada pela comissão técnica, Maxi ficou fora da partida contra o Fortaleza, neste domingo, e optou por pedir a rescisão amigável com o clube. No total, foram 34 jogos pelo Vasco e 11 gols. Em 2019, foram quatro gols em 19 partidas.
A chegada
Buscando reforçar o time vascaíno, a diretoria, com o intermédio da “Turma do Quiosque”, foi atrás de Maxi López. Na época, Alexandre Faria, diretor de futebol, era contra, mas a negociação foi para frente. Apesar de ter propostas financeiramente melhores, o atacante optou por defender o Cruz-Maltino.
Influência
Bem em campo, Maxi López ajudava o Vasco na hora de negociar com outros jogadores também. Ele foi crucial durante as tratativas com o zagueiro Leandro Castan e poderia ter antecipado a chegada de Bruno César.
Desgaste
O desgaste de Maxi com a diretoria não é algo novo. O desentendimento começou desde o início das negociações para a renovação de contrato. O vínculo atual vai até o final do ano e o atacante queria um aumento salarial para ficar. O vazamento de informações também não foi bem visto. Durante o Carioca, as duas partes pararam as conversas, mas a retomada nunca aconteceu.
Problemas
Além do clima fora de campo, o rendimento dentro das quatro linhas também pesou contra Maxi. Com uma pré-temporada maior, ele precisou viajar à Itália em março para uma audiência com a ex-esposa e acabou perdendo a vaga no jogo seguinte para o jovem Tiago Reis. Além disso, Maxi ainda sofreu uma lombalgia e desfalcou o time em mais partidas.
Rigor físico
Quando Vanderlei Luxemburgo iniciou o trabalho no Vasco, ele deixou claro que exigiria bastante do físico dos atletas. Fora de forma, mas um dos líderes do grupo, Maxi López recebeu uma atenção especial do treinador.
Luxa conversos a sós com o jogador e estabeleceu boa relação, porém, colocou uma meta para que o argentino perdesse peso. Treinando separado e fora da partida contra o Fortaleza, Maxi, que já havia mostrado resistência com a medida, procurou o presidente Alexandre Campello para pedir a rescisão.
Os próximos passos
Daniele Piraino, empresário de Maxi, deve chegar ao Brasil nos próximos dias para definir o futuro do jogador. Uma permanência no Brasil não está descartada. Santos e Corinthians já estiveram interessados no atleta.
Outros na reta
Maxi López não era o único no elenco fora da forma física considerada ideal pela comissão técnica. E, depois de tentar fazer com que o argentino seguisse o padrão, outros atletas também receberam o recado para se adequar. O caso do atacante era o mais complicado, mas os outros jogadores devem ser observados com rigor.