Posse, luta e organização: a vitória do Fluminense no clássico do Maracanã
Tricolor conseguiu impor o estilo de jogo que Fernando Diniz vem colocando na equipe e encontrou um gol já nos acréscimos
O Fluminense lutou até o final para marcar e teve o esforço recompensado, marcando o gol da vitória contra o Flamengo já nos acréscimos no Maracanã. A vitória por 1 a 0, com gol de Luciano, coroou uma equipe que, mesmo com uma limitação técnica alta, tentou a todo momento conquistar a classificação à final da Taça Guanabara, contra o Vasco.
O estilo de jogo de Fernando Diniz fez com que o Fla ficasse com menos posse de bola pela primeira vez. Sem chutões e superando os erros bobos durante a partida, o Tricolor brigará pelo título da competição no próximo domingo, no Maracanã, às 17h (de Brasília).
Coragem de Diniz
Desde que Fernando Diniz chegou ao Fluminense, a equipe adota um estilo de tomar a iniciativa da partida e ir para cima dos adversários Além disso, a posse de bola é uma das características mais importante do jogo do treinador. Isso se repetiu no clássico, mesmo que o Flamengo tenha chegado com mais perigo nas chances que criou.
Jogando contra uma equipe com alto investimento e jogadores de mais nome, o treinador não deixou para trás sua filosofia, como disse no dia anterior. A ousadia de ir para cima e encurralar o Fla deixou o time de Abel Braga perdido na estratégia do confronto.
Elenco limitado, mas com luta
O Fluminense ainda esbarra em algumas limitações do seu elenco para transformar suas oportunidades em gols. Faltou qualidade na parte ofensiva para que a tática desse resultado mais cedo. O Tricolor foi organizado em campo, enquanto o Fla apenas esperou o contra-ataque adversário.
Sem Ganso, Pedro e Gilberto, três dos melhores jogadores do grupo atual, Daniel foi muito mal na primeira etapa, sentindo o jogo, e acabou substituído por Dodi. Os laterais não conseguiram ajudar e o ataque se enrolou com a bola em diversos momentos. O que não faltou, porém, foi entrega e luta. O Flu saiu exausto da partida após se entregar e correr durante os 90 minutos.
Domínio e organização
Se no primeiro tempo o Fluminense tomou algumas iniciativas para criar, na segunda etapa a equipe teve praticamente o domínio, principalmente na metade final da partida. Com alterações mais ofensivas, o Tricolor pressionou e empurrou o Flamengo contra a parede. Por pouco os rivais não mataram o jogo, mas os jogadores não pararam de correr.
Erros bobos
Mesmo com a classificação, a partida teve pontos negativos. Nervoso e precisando marcar pelo menos um gol, o Flu cometeu erros bobos principalmente na segunda etapa. O mais claro deles foi de Marlon. O lateral pisou na bola e perdeu para Gabriel, que quase abriu o placar. Outras chances perigosas dos mandantes aconteceram a partir de equívocos em passes.
À beira do campo, Fernando Diniz reclamou muito dos lances e pediu mais atenção. No ataque, foi Everaldo quem criou uma chance promissora e deu o passe para um espaço vazio.
Os destaques
A luta coletiva foi o maior destaque da partida, mas alguns jogadores contribuíram para o Fluminense ter uma atuação muito positiva. O goleiro Rodolfo voltou a desempenhar bem o papel de líbero da equipe e ajudou na montagem dos ataques, além de ter feito uma milagrosa defesa. O volante Airton foi outro importante. Ele salvou o Tricolor no primeiro tempo ao travar chute de Bruno Henrique.
Entre os atacantes, holofotes para Everaldo e Luciano. Incansável, o primeiro se esforçou para criar as jogadas e teve boas aparições no ataque. Já o segundo, herói da partida, não teve uma ótima atuação, mas foi recompensado pelo esforço.