Pouca imposição e nenhum chute: Botafogo sucumbe com um a menos
Alvinegro, com mudanças consideráveis na equipe titular, fez partida equilibrada com o Bahia, mas sentiu dificuldades após expulsão de Gilson e não finalizou no segundo tempo
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O Botafogo sai de Salvador com muitas dores de cabeça. Com um a menos durante três quartos da partida contra o Bahia, nesta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, pelo Campeonato Brasileiro, a equipe comandada por Eduardo Barroca pouco criou e vai retornar ao Rio de Janeiro com uma atuação sem finalizações no segundo tempo. O LANCE! mostra pontos da atuação do Alvinegro, derrotado por 2 a 0, com gols de Artur e Élber.
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ESPAÇO PARA MUDANÇAS
Sem Luiz Fernando, cumprindo suspensão automática, Eduardo Barroca ousou e colocou uma formação inédita: um 4-3-3, com Diego Souza retornando ao meio-campo e um ataque formado por Lucas Campos, Victor Rangel e Rodrigo Pimpão. Em tese, um esquema para valorizar a presença do camisa 7 mais recuado e explorar o espaço dos laterais do Bahia, que sobem muito ao ataque.
Na prática, Diego Souza até teve boa participação e criou, pelo menos, duas boas oportunidades com passes de uma zona intermediária do campo. O trio ofensivo deu correria na saída do Bahia na defesa, mas pouco produziu quando tinha a bola no pé. O Alvinegro, portanto, ficou dependente do camisa 7 - que, consequentemente, era alvo de boa parte da marcação da equipe mandante.
ERROS CRUCIAIS
A partida, até a metade do primeiro tempo, era equilibrada. Bahia focando nas jogadas pelos lados do campo e Botafogo apostando em jogadas passando pelos pés de Diego Souza, que tentava encontrar os companheiros de ataque com um passe em profundidade. No primeiro lance de real perigo do duelo, o Tricolor abriu o placar, com Artur aproveitando um cruzamento de Moisés.
O detalhe para o gol tricolor é a pouca marcação no lado direito da defesa do Botafogo. Marcinho ficou sozinho contra Élber e Moisés, o que gerou espaço para o lateral encontrar o autor do gol. Lucas Campos não recompôs e deixou o marcador do Alvinegro em uma sinuca de bico. Minutos depois, o camisa 21 voltou a cometer um erro crucial, batendo cabeça com João Paulo em uma bola rebatida no meio-campo. O desenrolar da jogada resultou na expulsão de Gilson.
CONFUSÃO
Imediatamente após a expulsão de Gilson, Lucas Campos deu lugar a Lucas Barros. Uma substituição natural com o objetivo de recompor a linha defensiva com quatro atletas. Com um a menos, porém, a maior mudança ocorreu no próprio Botafogo, que ficou perdido em campo. No ataque, o Glorioso não se achou e Diego Souza, Rodrigo Pimpão e Victor Rangel tornaram-se meros espectadores da partida.
A reta final do primeiro tempo e a etapa complementar trouxeram à tona um Botafogo nocauteado, sem saber o que fazer em campo e perdido com as próprias pernas. O Glorioso limitou-se a defender e viu o Bahia transformar a partida em uma nota única.
NOCAUTE
Foram 45 minutos de domínio do Bahia. Pressão na saída de bola, intensidade nas duas metades do campo, tramas focadas em explorar as costas dos laterais do Botafogo e cruzamentos buscando um companheiro melhor colocado no lado oposto ao da jogada, atravessando a defesa. A equipe comandada por Roger Machado mostrou suas credenciais.
Não à toa, o Tricolor chegou ao 2 a 0 no placar sem grandes dificuldades. Com rápida troca de passes, Artur achou Élber, que teve apenas o trabalho de chutar para o fundo das redes. O Botafogo, já atordoado desde a expulsão de Gilson, sofreu o nocaute de forma dolorosa e não mostrou respostas para reagir.
POUCAS ALTERNATIVAS E DESEMPENHO PREOCUPANTE
O Botafogo teve a pior atuação no Campeonato Brasileiro durante o segundo tempo na Arena Fonte Nova. O segundo tempo, com um jogador a menos, teve um desempenho marcado pela falta de criatividade. Nenhuma finalização, 32% de posse de bola e nenhum desarme.
O Glorioso passou grande parte da etapa complementar no campo defensivo, vendo o Bahia. A primeira vez que a equipe de Eduardo Barroca chegou no terço final de ataque com a bola no pé ocorreu depois dos 30 minutos de jogo. As opções tentadas pelo treinador, que colocou Rickson e Gustavo Bochecha nos lugares de Diego Souza e João Paulo, respectivamente, não surtiram efeito. Na verdade, a saída do camisa 7, um dos poucos atletas lúcidos em campo, matou qualquer chance de reação para o Alvinegro.
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