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Sampaoli no Peixe! Veja técnicos estrangeiros no Brasil recentemente

Santos anunciou acordo para ter argentino no comando da equipe. Nos últimos anos, estrangeiros treinaram times brasileiros, mas não tiveram sequência. Relembre!

Sampaoli - Argentina
Sampaoli tem acerto verbal com o Santos (Foto: AFP/JUAN MABROMATA)

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Nesta quinta, o Santos anunciou ter chegado a um acordo para que Jorge Sampaoli seja o técnico da equipe em 2019. O técnico, que dirigiu a seleção do seu país na última Copa do Mundo, está por detalhes contratuais e deve assinar com o clube no fim de semana. Nos últimos anos, alguns treinadores estrangeiros passaram por clubes brasileiros sem conseguirem ficar muito tempo - uns foram demitidos e outros trocaram o clube por uma seleção (casos de Osorio e Bauza, no São Paulo, e Reinaldo Rueda, no Flamengo). 

Um caso à parte foi o do uruguaio Diego Aguirre, que foi demitido do São Paulo, na reta final do Brasileirão deste ano depois de ter levado a equipe à melhor campanha do primeiro turno (condição que rendeu o troféu Osmar Santos, oferecido por este LANCE!). Ele também comandou Internacional e Atlético-MG, construindo um currículo mais extenso em terras brasileiras. 

AGUIRRE 'FINCA RAÍZES'

Diego Aguirre
Aguirre treinou Inter, Galo e São Paulo (Foto: Melo Andrade/Eleven)

O uruguaio Diego Aguirre é bem conhecido no futebol brasileiro. Este ano, treinou o São Paulo e levou a equipe à melhor campanha do primeiro turno do Brasileirão. Porém, o time caiu muito de produção na segunda metade da competição e ele foi demitido antes mesmo do fim da disputa. 

Anteriormente, Aguirre havia sido técnico do Internacional, em 2015, e do Atlético-MG em 2016.  No Beira-Rio, conquistou o Campeonato Gaúcho, mas deixou o clube em agosto, após a eliminação do Inter na semifinal da Libertadores.  No Galo, ficou cinco meses e levou o título do torneio Flórida Cup, nos EUA. Na Libertadores, porém, acabou eliminado pelo São Paulo, clube que viria a comandar, nas quartas de final.

RUEDA: DO FLA PARA O CHILE

Reinaldo Rueda
Reinaldo Rueda dirigiu o Flamengo em 2017 (Foto: André Durão)

O colombiano Reinaldo Rueda chegou com moral ao Flamengo em agosto de 2017. O título da Libertadores de 2016 com o Atlético Nacional-COL deu a grife necessária. Apesar da experiência internacional em seleções, à frente de Honduras na Copa de 2010 e do Equador na Copa de 2014, o Fla seria uma experiência inédita fora de seu país em clubes.

Rueda liderou o Rubro-Negro em 31 jogos. Com 13 vitórias, dez empates e oito derrotas - aproveitamento de 52,7%. Ele foi vice-campeão da Copa do Brasil e da Sul-Americana, mas deixou o cargo porque recebeu proposta para treinar a seleção do Chile. 

BAUZA NAS SEMIFINAIS DA LIBERTADORES

Bauza - São Paulo
Bauza no Tricolor (Foto: Maurício Rummens/Fotoarena/LANCE!Press)

Em 2016, Edgardo Bauza assumiu o São Paulo com dois títulos da Libertadores na bagagem: em 2008 com a LDU (EQU) e em 2014 com o San Lorenzo (ARG). No Tricolor, alcançou a semifinal do torneio, quando perdeu para o Atlético Nacional (COL).  

O retrospecto do treinador com a equipe paulista, no entanto, foi aquém do esperado. Com aproveitamento de 46,52%, venceu 18 jogos, empatou 13 e perdeu 17 vezes. O argentino não conseguiu levantar nenhum título e, sete meses depois de contratado, abandonou o barco para assumir a seleção do seu país, na qual ficou pouco tempo. 

OS 75 DIAS DE PAULO BENTO

Paulo Bento, em entrevista após o jogo do Cruzeiro
Paulo Bento na Raposa (Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

O Cruzeiro experimentou em 201e o trabalho de um técnico estrangeiro. O português Paulo Bento teve passagem rápida pelo clube, de apenas 75 dias, sendo demitido com a Raposa na penúltima colocação do Campeonato Brasileiro. 

Com a equipe celeste, Paulo Bento teve aproveitamento de 41,17%. Em 17 jogos, conseguiu seis vitórias, três empates e oito derrotas. Após sua saída, Bento assinou com o Olympiacos, da Grécia, em agosto.

PET NO BANCO

Petkovic
Petkovic passou por alguns times (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O sérvio Petkovic, com histórico vitorioso como jogador em grandes equipes do Brasil, comandou as equipes profissionais de Criciúma e Vitória. Em 2015, o  esteve à frente do Tigre de Santa Catarina em 24 partidas. Com sete vitórias, 12 empates e cinco derrotas, o aproveitamento do técnico foi de 45,8%.

A passagem como técnico do Vitória durou apenas três semanas. Após a demissão de Argel Fucks às vésperas da final do Campeonato Baiano, o time anunciou Pet como novo treinador do grupo, em 2017, quando o sérvio já era gerente de futebol do clube. Ele ficou no comando por quatro jogos no Brasileirão. Quando deixou o cargo, o Vitória estava com 12 pontos em 16 rodadas, ocupando a 19ª posição da Série A, com aproveitamento de 25%.

ALTOS E BAIXOS DE OSORIO

Osorio - São Paulo (Foto: Alan Morici/ Lancepress!)
Osorio no São Paulo (Foto: Alan Morici/ Lancepress!)

O colombiano Juan Carlos Osorio chegou ao Morumbi no fim de maio de 2015, com contrato de dois anos. O técnico viveu quatro meses de altos e baixos no São Paulo. Foram 28 jogos com 12 vitórias, sete empates e nove derrotas (51,19% de aproveitamento). O técnico, conhecido por ser bastante estudioso, destacou-se por seus métodos, como as instruções em bilhetes aos atletas durantes os jogos, o rodízio de jogadores e outras especificidades.  

Na época, o São Paulo vivia uma crise política que culminou na renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar. Osório pediu demissão do clube paulista para dirigir a seleção do México, que enfrentou o Brasil nas oitavas de final do Mundial da Rússia. 

GARECA NÃO DUROU

Ricardo Gareca - Palmeiras
Gareca no Palmeiras (Foto: Ale Cabral/Lancepress!)

Consagrado por três títulos argentinos com o Vélez, Ricardo Gareca chegou ao Palmeiras em maio de 2014. No comando do Verdão, conquistou apenas quatro pontos de 27 possíveis no Brasileirão. No total, dirigiu a equipe Alviverde em 13 jogos, incluindo um amistoso pela Copa EuroAmericana e três duelos pela Copa do Brasil. O aproveitamento foi de 38,46 %.

Sua passagem foi curta, tendo sido demitido em menos de três meses. A principal justificativa da direção do clube foi que os resultados eram insustentáveis. Ex-jogador com passagens por Boca Juniors, River Plate, Vélez seleção da Argentina, o técnico também ficou conhecido pela insistência em contratar argentinos para a equipe paulista. Depois, ele teve êxito com a seleção peruana, levando a equipe a uma Copa do Mundo depois de 36 anos. 

ESPANHOL NO FURACÃO

O espanhol Miguel Ángel Portugal teve aproveitamento de 33,3% dos pontos no Atlético-PR em 2014
Angel Portugal no Atlético-PR

O espanhol Miguel Ángel Portugal foi contratado pelo Atlético-PR no início de 2014. Antes, chegou a conquistar o Torneio Clausura na temporada 2012/2013 e foi vice-campeão do Apertura 2013/2014 com o Bolívar (BOL). O técnico substituiu Vagner Mancini, mas não caiu no gosto da torcida.

A eliminação precoce na Libertadores fez com que os atleticanos se revoltassem com o espanhol. Além disso, em cinco rodadas do Brasileirão, o Furacão só conquistou cinco pontos. Na breve passagem, Portugal dirigiu o time em 13 jogos oficiais, com cinco vitórias, dois empates e seis derrotas, o que representa aproveitamento de 43,58%.

ATLÉTICO-PR TAMBÉM TEVE URUGUAIO

O técnico Juan Ramón Carrasco foi meia sem sucesso no São Paulo
Carrasco dirigiu o Furacão (Foto: MIGUEL ROJO / AFP/Lancepress!)

Em 2012, Juan Ramón Carrasco assumiu o comando do Atlético-PR. Antes de chegar ao Furacão, o treinador uruguaio disputou a Libertadores como técnico do Fênix em 2002 e esteve à frente da seleção Uruguaia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Alemanha. Carrasco dirigiu o Atlético-PR em 36 jogos - 22 vitórias, sete empates e sete derrotas. 

Mesmo com uma boa campanha no início do ano, o treinador não resistiu à perda do título paranaense para o rival Coritiba, ao baixo rendimento da equipe rubro-negra no começo da Série B e à eliminação diante do Palmeiras nas quartas de final da Copa do Brasil. Depois de quase seis meses, Juan deixou o clube.

FOSSATI NO BEIRA-RIO

Jorge Fossati - Internacional
Fossati no Inter (Foto: Lucas Uebel / Vipcomm / Arquivo Lance!)

O Internacional fechou a contratação do uruguaio Jorge Fossati em 2010. O treinador chegou embalado ao Beira-Rio depois de conquistar a Recopa Sul-Americana justamente sobre o Inter, e o título da Copa Sul-Americana com a LDU (EQU). O técnico assinou contrato com o Colorado até o final da temporada, mas acabou caindo em maio.

O uruguaio chegou a classificar o Internacional para as semifinais da Copa Libertadores. No entanto, após perder o título gaúcho para o Grêmio, Fossati não resistiu ao desempenho oscilante da equipe no início do Brasileirão e acabou deixando o cargo. Com o Inter, o treinador teve aproveitamento de 60,6%. Foram 18 vitórias, seis empates e nove derrotas em 33 jogos disputados.

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