Sul-Americana: os fatores relevantes na soberana classificação do Bota
Agora nas oitavas, a equipe de Eduardo Barroca, por méritos em sua postura, não encontrou dificuldades para golear o Sol de América, no Nilton Santos
Com o perdão do trocadilho, o Botafogo fez bem o dever de casa e usou um ótimo protetor diante do Sol de América. Ou seja, não se queimou diante de 15 mil torcedores no Estádio Nilton Santos, pelo jogo de volta da segunda fase da Copa Sul-Americana, e goleou os paraguaios por 4 a 0, com gols de Cícero, Luiz Fernando, Bochecha e Diego Souza.
Na ida, em Villa Elisa, o Alvinegro já havia vencido por 1 a 0 (ficou 5 a 0 no placar agregado). A noite foi tranquila, e o LANCE!, presente no estádio, destaca cinco fatores relevantes na classificação às oitavas.
ENSAIOU, ENSAIOU E ENTROU!
O Botafogo tinha a missão de passar tranquilidade para o seu torcedor, que alimenta a esperança de ir longe na Copa Sul-Americana. E, bem postado e sem afobação, o time de Eduardo Barroca tratou logo de abrir o placar.
O gol saiu em uma jogada na qual o Botafogo treina com insistência: a bola não viajada de João Paulo para a primeira trave. E ali estava Cícero, que tem a cabeçada como o seu melhor atributo: caixa.
LUIZ FERNANDO VOLTOU
Em seu segundo jogo seguido como titular sob o comando de Barroca, Luiz Fernando voltou a "acender", assim como havia sido no duelo paraguaio, e foi premiado com o seu segundo gol na temporada - o primeiro havia sido marcado na estreia da temporada.
Luiz foi o responsável por marcar também o segundo do Botafogo nesta noite. O camisa 7 acompanhou um contragolpe muito bem puxado por Diego Souza, que abriu bem espaços ao longo da peleja e que serviu Fernando com açúcar.
DOBRADINHA NA ESQUERDA
Por falar em Luiz Fernando, além de sua importância nas investidas individuais, o meia-atacante fez uma dobradinha de qualidade com Gilson, novamente bem no apoio, apesar da já conhecida perseguição da torcida.
Ao todo, a dupla interagiu 12 vezes, sendo a maioria no último terço ofensivo, de acordo com números do Footstats. O terceiro gol do jogo, marcado por Bochecha, surgiu justamente em uma ultrapassagem do lateral-esquerdo - em jogada parecida com a do gol feito no Paraguai, por Erik.
BOCHECHA VOLTA COM TUDO
Alex Santana levou uma pancada no tornozelo ainda no primeiro tempo. Com isso, Bochecha voltou a ter chance entre os titulares, e, desta vez, para atuar como segundo volante - a sua posição predileta. Entrou com o jogo já resolvido.
Mesmo assim, Bochecha fez questão de ser participativo e manter a boa dinâmica que o meio-campo vinha apresentando. Além do gol marcado, o volante distribuiu passes verticais e lançamentos precisos. A torcida o aplaudiu e reconheceu a sua ótima entrada na peleja.
NADA DE GOL SOFRIDO
O Sol de América tem uma equipe limitada? Sim. O Sol de América não tem estofo em competições internacional? Sim. Porém, o Botafogo tornou o jogo confortável graças a sua postura ofensiva e com a mentalidade de controlar a partida durante os 90 minutos. Sequer recuou as linhas de marcação.
Outro mérito de Barroca foi a solidez do sistema defensivo. Mais uma vez, em quatro jogos, o Botafogo deixou o campo sem sofrer gols no torneio - já marcados são nove.