Teve polêmica! Veja momentos decisivos do VAR nessa Copa América
Primeira edição do torneio com árbitro de vídeo teve polêmicas. Pênaltis reclamados pela Argentina, reclamação de dirigente uruguaio e gols anulados roubaram a cena
A primeira edição da Copa América com o árbitro de vídeo foi marcada por polêmicas e reclamações de dirigentes e jogadores. Argentina, Uruguai e Chile, reclamaram das decisões da arbitragem quando o recurso foi utilizado. Já a Venezuela agradeceu ao VAR por ter sofrido gols que foram anulados pelo árbitro de vídeo, especialmente nas duas primeiras partidas da fase de grupos. O VAR voltou a ser utilizado e foi decisivo na decisão do terceiro lugar e na final da competição.
O LANCE! reuniu estas curiosidades e polêmicas, e mostra como foi a atuação do VAR até este momento na competição continental.
Argentina e os pênaltis contra o Brasil
Os argentinos saíram reclamando bastante da arbitragem do equatoriano Roddy Zambrano. Eles reclamam principalmente de dois pênaltis, um em cima de Otamendi após um encontro com Arthur, e um sofrido por Agüero, que segundo os argentinos, foi calçado por Dani Alves. Na sequência do lance, saiu o segundo gol do Brasil, marcado por Roberto Firmino.
A reclamação principal dos hermanos é a de que o árbitro não foi verificar o VAR em nenhum desses lances polêmicos. Para esquentar ainda mais a polêmica, a comunicação entre o VAR e arbitragem teve problemas antes da partida, segundo o 'GloboEsporte.com'. A AFA (Associação de Futebol Argentino) protocolou uma reclamação para a Conmebol.
Lugano fica na bronca
O Uruguai acabou eliminado pelo Peru nas quartas de final, na disputa de penalidades, com o VAR sendo decisivo na partida. O árbitro de vídeo anulou três gols dos uruguaios, o que irritou o ex-zagueiro e atual dirigente do São Paulo, Diego Lugano.
No Twitter, o ex-jogador da seleção uruguaia publicou uma foto do gol de Cavani, que segundo ele, não estaria impedido. "Orgulhoso. O Uruguai está invicto, e hoje jogou o melhor jogo e fez 3 gols! Os rivais não chegaram á nossa área. E mais uma vez, a "interpretação" de quem administra o VAR se sobrepõe à mesma tecnologia. Tenebroso!"
Venezuela agradece ao VAR
A seleção da Venezuela teve quatro gols sofridos anulados na competição sul-americana: dois contra o Peru e dois contra o Brasil. Os lances ajudaram a seleção vinotinto a conseguir chegar as quartas de final da Copa América. Os quatro gols foram anulados por impedimento. O treinador venezuelano Rafael Dudamel, agradeceu ao VAR após a partida contra o Brasil.
- Viva o VAR! Que seja bem-vindo o VAR! Contra Peru e Brasil pode-se dizer que fomos beneficiados, mas não no sentido de termos sido favorecidos ou nos terem presenteado - disse o comandante.
Gols anulados do Chile contra a Colômbia
O VAR foi decisivo na partida entre Colômbia e Chile, pelas quartas de final da Copa América. Os chilenos tiveram dois gols anulados pelo árbitro de vídeo - primeiro por impedimento de Sánchez na origem da jogada e o segundo por toque de mão de Maripán. Nas penalidades, a Roja levou a melhor e venceu os colombianos por 5 a 4 na disputa de pênaltis.
Números do VAR na Copa América
Em 24 jogos, o VAR foi utilizado 20 vezes para mudar a decisão inicial. Dentre as decisões mudadas, nove foram em lances de gol ; sete, em pênaltis; quatro, em cartões vermelhos; e nenhuma em erro de identificação de jogadores.
Nas revisões de gol, cinco foram invalidados por impedimento, dois gols foram validados e dois gols foram anulados por mão do atacante (nova regra: se o atacante toca a bola com a mão e gera uma vantagem para ele, é falta).
Messi expulso
Na disputa pelo terceiro lugar, o VAR voltou a ser criticado. Messi foi expulso após confusão com Medel e o juiz optou por não rever o lance da expulsão. A Argentina queria apenas o cartão amarelo para o craque. Os chilenos perderam a partida, por 2 a 1 e, na premiação, Messi se recusou a pegar a medalha. Na saída, disse que a Copa "está armada para o Brasil" e que o motivo que fez com que ele não quisesse a medalha era porque não queria se envolver "nessa corrupção", fazendo menção à Comenbol.
Final e VAR
Na final, o VAR também foi atuante. Primeiro, o juiz utilizou o árbitro de vídeo para conferir o lance de pênalti à favor do Peru e marcou mão de Thiago Silva dentro da área. Depois, já no final da partida, o juiz retornou ao VAR para confirmar o pênalti sofrido por Everton. Richarlison converteu e sacramentou a vitória.