O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, respirou aliviado após o time vencer o Vasco e deixar a zona de rebaixamento do Brasileirão após 11 rodadas. No entanto, rebateu as reclamações dos vascaínos sobre a postura dos tricolores em relação à arbitragem da partida.
- É fácil falar que o Grêmio gritou. Então vamos ser prejudicados e ficar calados? A reclamação do Vasco por causa de um minuto. No primeiro turno, quando o zagueiro encaixou a bola no braço, ninguém reclamou de nada. Na hora que tem que reclamar, a gente reclama. Não posso ficar calado depois do que aconteceu quarta-feira - rebateu o técnico gremista.
Após a partida, o atacante Vegetti, do Vasco, desabafou ao criticar o time rival e também a arbitragem.
- Um jogo que não conseguimos jogar por causa do campo, pelo rival e pelo árbitro. Eles (Grêmio) só reclamaram depois da partida contra o Corinthians, choraram toda a semana. Não se pode jogar futebol assim. Apitou tudo, fez tumulto. Impossível, muito anti-futebol. Parece que você tem que chorar para que te ajudem um pouquinho. É impossível jogar futebol assim. Foi uma partida que o campo também não tinha condições de jogar, mas os jogadores e o treinador (do Grêmio) reclamam a todo tempo. Uma lástima - desabafou Vegetti.
A partida que Vegetti se referiu foi pela 19ª rodada do Brasileirão, quando Corinthians e Grêmio empataram por 2 a 2, e o time gaúcho reclamou de pênalti marcado para os paulistas. O Tricolor, inclusive, formalizou uma queixa contra a arbitragem na CBF.
O Corinthians busca se blindar dessas reclamações. Nos bastidores, a direção tem o receio que as contestações interfiram no confronto das oitavas de final da Copa do Brasil.
Para isso, o clube paulista, via presidente Augusto Melo, vai procurar a CBF para pedir imparcialidade no duelo e cuidado na escolha do trio de arbitragem. O Corinthians entende que existe uma pressão externa além do normal e busca se posicionar antes do mata-mata.