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Diogo Hubner conta como foi jogar as Olimpíadas no Brasil

O atleta contou não sentiu a pressão de jogar em casa e aposentadoria está fora de cogitação.

Diogo em partida nas Olimpíadas/ Foto: arquivo pessoal do atleta
imagem cameraDiogo em partida nas Olimpíadas/ Foto: arquivo pessoal do atleta
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Lance!
Porto Alegre (RS)
Dia 30/08/2016
21:46

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A cada ciclo olímpico muitas mudanças acontecem. É o caso da Seleção Brasileira Masculina que troca de equipe técnica após a saída de Jordi Ribera, mas longe de falar deste assunto, nós conversamos com Diogo Hubner, atleta da Seleção, que nos contou como foi jogar as Olimpíadas no Brasil e contar com apoio da torcida que lotou a Arena do Futuro.

Sem pressão externa, assim definiu Diogo sobre os Jogos #Rio2016. Mesmo com a presença em peso dos torcedores na Arena, torcida cantante e que não deixou de apoiar a equipe nem um segundo. No entanto Hubner ressalta “acho que a gente que nos colocou bastante pressão pra conquistar os resultados”.

Sobre a experiência de disputar os Jogos o armador comemora: “Por mim contar com a torcida foi muito legal! Muitos colegas meus de quando eu comecei a jogar, professores. A comunidade do handebol do Brasil estava toda presente, e meus familiares também, coisas que se os Jogos Olímpicos fossem em outro lugar eu não teria vivido!”

A Seleção Masculina não era a favorita ao pódio, porém surpreendeu a todos ao derrotar importantes equipes europeias na primeira fase, como a Alemanha. “A falta de favoritismo talvez tenha ajudado, sim. A gente não era favorito, mas sabia do que era capaz”, enfatizou.

A equipe brasileira tem uma mescla de atletas jovens e de atletas mais experientes. O jogador é um dos mais experientes do grupo olímpico e por isso sabia da importante missão de ajudar os mais jovens. “De fato eu na Seleção tinha um papel de tentar dar mais tranquilidade a eles, porque é uma geração fantástica, mas são jovens, e jovens cometem alguns erros, muitas vezes pelo ímpeto, pela ansiedade. Claro, você estar há muito tempo na Seleção, ter participado de inúmeras competições te traz um pouco mais de tranquilidade, mas são Jogos Olímpicos, eram Jogos Olímpicos dentro do nosso país, então eu acho que a ansiedade também era grande, por parte dos mais experientes”, ressaltou Hubner.

Durante a primeira fase, a Seleção Brasileira surpreendeu ao vencer Alemanha e Polônia, empatar com o Egito e ter apenas duas derrotas, por placares muito apertados. Terminou em quarto lugar e avançou para as quartas de finais, saindo da competição após a derrota para a França. Diogo falou que a equipe sentiu muito cair nas quartas, pois sabiam que poderiam ter ficado em primeiro no grupo e não cruzado com a França. Eles sabiam que um jogo contra a França seria um jogo muito difícil. “É uma escola que dispensa comentários. Foi bem doido sim, a gente queria ter ido mais longe, porque a gente sentia que a gente podia e tinha capacidade para isso”.

Quem acompanha o handebol a mais tempo percebeu que esse grupo, que tem como base a seleção que disputou os Mundiais de 2013 e 2015, se desenvolveu muito, atingindo nestas Olimpíadas resultados que antes eram impossíveis. O desenvolvimento se deu, como Diogo explicou, através de muito trabalho e estudo. Segundo ele trabalho é a palavra que melhor exemplifica o avanço desta escrete.

Com o fim dos Jogos Olimpícos #Rio2016, os atletas ganharam alguns dias de folga e após retornaram aos seus clubes. Porém, enquanto os atletas focam nas competições que terão a seguir, o novo ciclo olímpico começa a ser planejado. “Ainda não sei qual vai ser o futuro da Seleção”, lembrou ele (essa entrevista foi realizada antes da saída de Jordi), que completou “tudo é muito recente ainda, e nós não sabemos ainda como vai ser trabalhado esse próximo ciclo. Contudo que acho que já deveríamos estar pensando, sim, principalmente quem pensa no handebol também fora da quadra, a estratégia tem que ser muito bem traçada para que a gente chegue em Tóquio como chegou no Rio”.

Diferente da Seleção Feminina que depois da Rio anunciou a aposentadoria de algumas atletas, na Seleção Masculina o assunto nem entrou em pauta. Mesmo sabendo que é natural que quando jovens entram os mais velhos acabam sendo superados, Hubner disse isso não preocupa. De acordo com o armador, a Seleção Brasileira tem um elenco muito jovem, com atletas de 21 e 22 anos, além dos jogadores que terão idade muito boa para disputar as Olimpíadas de Tóquio. Sobre aposentadoria ele garante “não foi falado nada sobre isso e não tem ninguém, por enquanto, pensando nisso”.

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