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Lomba reconhece importância da paralisação, mas admite falta do futebol: ‘Dá bastante saudade’

Goleiro do Internacional pontuou como tem se cuidado fisicamente na quarentena e números obtidos antes da pausa forçada

Marcelo Lomba - Internacional
Foto: Ricardo Duarte/Internacional

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A conscientização sobre a importância do distanciamento social para evitar o contágio diante da pandemia do coronavírus atinge todas as camadas. Algo que o goleiro do Internacional, Marcelo Lomba, está plenamente consciente e tem seguido de maneira estritamente fiel.

Em entrevista que o arqueiro deu ao portal Globo Esporte, Lomba exalta o fato de conseguir ter mais tempo com a família em função da paralisação dos campeonatos.

Contudo, sem deixar de citar em vários momentos que sente muita falta do ambiente diário tanto de treinos como aqueles que envolvem os jogos:

- Têm sido dias muito proveitosos com a família dentro do que é possível. Mas você quer que isso passe logo. A gente tem dado mais valor ao tempo. Em termos de relacionamento, temos conseguido desfrutar bastante. A gente gosta de passear, botar adrenalina para fora, treinar. Futebol não é profissão, é o que amo fazer. Gosto de viver adrenalina do jogo, estádio cheio. Mas acredito que vamos ficar pelo menos mais um mês, um mês e meio.

- (Viver o ambiente de jogo) Dá bastante saudade. Porque essa parte você não consegue substituir, de competição, essa adrenalina. Também não tem nenhum joguinho para ver na TV. E isso nasce com a gente. Desde adolescente, a gente está acostumado a competir todo o final de semana. Mas em primeiro lugar está a saúde, o bem da sociedade. É muito maior que o futebol - acrescentou.

Sobre seus trabalhos, o jogador diz que não encara o período de quarentena como sendo de férias e fez um resumo de como tem sido a sua rotina de atividades adaptadas ao panorama vivido.

- O Pavan e o Durgue (auxiliares do Inter) nos reuniram. Temos o apoio integral do Tales, o nosso preparador físico dos goleiros, que faz trabalho de força, potência. A gente se reuniu num aplicativo, todo mundo combinou o que era ideal, fazer uma periodização de treino. Praticamente de segunda a sábado a gente está fazendo alguma coisa, uma área específica. Um dia perna, outro aeróbico, outro dia braço. Como eu gosto, tenho botado a luva e faço um bate e bola para não perder a percepção de chute, técnica. É algo a mais que tenho feito. Tenho confiança que vamos voltar logo. Não quero só treinar físico. Treino um pouco de parte técnica, falo para o meu filho chutar. E eu sou goleiro.

Em relação a possibilidade de redução salarial mediante ao complicado cenário econômico para o Inter e o futebol não apenas no Brasil como no mundo, Marcelo Lomba disse que ainda não houve uma conversa formal entre clube e atletas. Todavia, ele sabe que ambas as partes terão necessariamente de falar sobre o tema:

- Ainda não teve conversa com a direção. Eles devem estar planejando, vendo impactos que isso está tendo. Não é simples. Talvez não seja feito agora. A única coisa que foi conversada entre nós é que o clube está atento ao que está acontecendo, que iria conversar conosco, talvez até quando a gente voltar de férias. O relacionamento é muito bom. Sempre foi bom. A gente sabe que vai ter que abrir mão. O Inter vai procurar minimizar esses impactos, porque também somos importantes nessa caminhada.

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