Três rápidos comentários a respeito de Alanpa
O Lance! ouviu três grandes ex-camisas 10 sobre a posição e o meia colorado

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O começo de temporada do Internacional tem alguns destaques, com 16 partidas invictas, além a retomada da hegemonia estadual. E um deles tem nome composto e usa uma mítica camisa para o futebol brasileiros. Trata-se de ninguém menos do que Alan Patrick, o 10 alvirrubro, que com seu primeiro hat-trick pelo Colorado arrancou elogios da crônica esportiva brasileira. O Lance! vinha preparando uma reportagem especial sobre o meia e resolveu antecipar a publicação. Fizemos perguntas pontuais a três nomes históricos que usaram a 10 em seus times. Antes de irmos aos três rápidos comentários a respeito de Alanpa, um pouco de aula de história e de futebol, por parte eles.
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Quem são os 10 históricos
No quesito história, apresentamos nossos entrevistados: Tostão, Zico e Alex. Cada um representando uma geração do futebol. Uma geração da 10. Tostão, hoje cronista esportiva, foi camisa 10 do Cruzeiro e foi um dos cinco 10 – junto com o maior deles, Pelé, Jairzinho, Gérson e Rivellino – que ajudaram o Brasil a conquistar o tri em 1970, no México.
Zico foi o maior 10 da história do Flamengo, também defendeu a Seleção nas Copas do Mundo de 1978, 1982 e 1986. Já Alex, atualmente comentarista, foi ídolo no Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe. Jogou com a amarelinha, mas não disputou Mundial.
Primeiro, a aula de futebol
A primeira pergunta feita ao trio foi: qual a característica do 10 clássico. À aula, então:
– Geralmente é um jogador que liga o meio-campo com o ataque, com liberdade para jogar e criar. É uma posição clássica no futebol brasileiro. Hoje, muitos clubes já não têm o 10 clássico, com os meio-campistas fazendo várias funções – ensinou o craque celeste.

– O 10 clássico tem que organizar, passar e finalizar. Tem que reduzir a velocidade do jogo quando preciso, aumentar quando necessário. Buscar a bola, abrir caminhos, criar para deixar os colegas na cara do gol. Ir à frente para não deixar o centroavante sozinho – explanou o ídolo rubro-negro.
– Sem a bola se posiciona bem e ajusta-se a quem está ao lado dele (outros meio-campistas). E ali, já se posiciona para a transição ofensiva. Com a bola é o líder técnico, o que dá o ritmo. Acelera e diminui quando acredita ser o momento certo para fazê-lo. Ainda se ocupa de espaços combinados com os homens de meio e ataque – acrescentou Alex.
E Alan Patrick, é um 10 clássico
Sobre o meia colorado, o trio avaliou:
– O Alan Patrick sempre jogou desse jeito [como 10 clássico]. É um típico camisa 10, que faz essa conexão com os homens da frente – pontuou o tricampeão mundial.
– O Alan Patrick tem caraterísticas do 10 clássico. Está sobrando no futebol brasileiro atual. É um dos poucos que faz essa função, organizando o Inter e deixando os colegas na cara do gol. No mais, a maioria dos outros 10 é estrangeiro ou não joga como 10 clássico – anotou Zico.

– Sempre foi. Desde que surgiu no Santos – foi bem sucinto Alex.
Por fim, Alanpa tem lugar na seleção
Nessa questão, a trinca de craques deu opiniões diversas. A elas:
– É preciso separar o craque do time do jogador de seleção. Claro que se ele continuar jogando como está, merece uma convocação para ver como pode ajudar. Mas não é essa a posição que o Brasil está precisando – avaliou Tostão.
– Vai depender da função que derem a ele no time. Se for para jogar como a Seleção vem jogando hoje, não tem espaço. Nem o Neymar faz o 10 clássico. Aliás, o Neymar nunca foi um 10 – assinalou Zico.
– Qualidade ele possui para estar. Se tem espaço ou não para ele é definição do treinador que lá estará – resumiu Alex.

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