Ciclismo sonha com medalha inédita no Rio de Janeiro
Equipe brasileira segue concentrada em Indaiatuba, no interior de São Paulo
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Uma das modalidades paralímpicas que ainda não obtiveram medalha para o Brasil, o ciclismo vive a expectativa pelo começo dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Concentrada em Indaiatuba, no interior de São Paulo, onde finaliza os treinamentos, a Seleção Brasileira tem três dos quatro atletas sendo da mesma equipe, a Memorial-Santos/Fupes.
São eles: Lauro Chaman e Soelito Gohr, ambos na categoria C5, e Márcia Fanhani, na categoria Tandem (deficiente visual), que tem Mariane Ferreira como piloto. Os atletas da delegação brasileira, também integrada por Jady Malavazzi, são coordenados pelo técnico Rômulo Lazaretti.
A modalidade será disputada em três tipos de provas: no Velódromo, entre os dias 8 e 12; e de estrada – contrarrelógio e resistência –, de 14 a 18.
Soelito Ghor coleciona títulos no paraciclismo nos últimos anos. Ele foi ouro nos 4km da prova de perseguição nos Jogos Parapan-Americanos Open de Cali, na Colômbia, em outubro de 2007, quando o Brasil conquistou três medalhas.
Em 2008, Gohr sagrou-se o primeiro brasileiro campeão mundial reconhecido pela UCI em Bogogno, na Itália, chegando ao bicampeonato no Canadá em 2010, ano em que Lauro Chaman e João Schwindt completaram o pódio.
Após uma sequência de títulos brasileiros, no ano passado, Gohr foi vice-campeão mundial de Pista Paraciclismo Scratch, em Apeldoorn, na Holanda; 4º lugar na Copa Hans Fischer, categoria elite; e vice-campeão por equipe nos Jogos Abertos do Interior, em Barretos.
Outro talento da equipe Memorial, Lauro Chaman foi ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá, em 2015. Em maio passado, Chaman também conquistou ouro nas duas provas de estrada – contrarrelógio e resistência – válidas pela segunda etapa da Copa do Mundo de Paraciclismo, em Ostend, na Bélgica.
Já Márcia e Mariane competem juntas há dois anos e participaram da Copa do Mundo, do Campeonato Mundial e dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, com resultados que possibilitaram à dupla garantir vaga na delegação paralímpica de ciclismo de pista. Em 2015, elas sagraram-se campeãs brasileiras na categoria Tandem e atualmente lideram o ranking nacional.
O Brasil ainda não conquistou medalhas no ciclismo em Jogos Paralímpicos. O melhor resultado foi obtido por João Schwindt em Londres 2012, que ficou em quarto lugar. O atleta morreu no fim do mesmo ano após acidente de moto.
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