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CPB explica 8º lugar: atletas ‘vindos do nada’, saída da Rússia e nível alto

Andrew Parsons cita aumento no número de medalhistas e distribuição de pódios por mais modalidades como dado positivo. Tubiba destaca o maior número de jovens laureados

Tubiba e Andrew Parsons concedem coletiva
imagem cameraEdilson Tubida, chefe de missão do CPB, e o presidente Andrew Parsons, durante coletiva (Foto: Reprodução/Twiiter)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 18/09/2016
13:03
Atualizado em 18/09/2016
20:53

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O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) evitou lamentar o oitavo lugar da delegação nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, uma posição abaixo de Londres-2012. Em coletiva de balanço do evento, o presidente Andrew Parsons e o chefe de missão, Edilson Rocha, o Tubiba, destacaram números favoráveis da participação verde e amarela e explicaram o resultado abaixo da meta de ser quinto, em número de ouros, estipulada em 2009.

Um dos fatores apontados foi a ausência da Rússia, suspensa devido ao esquema de dopagem no país. Segundo o Comitê, nenhum ouro dos rivais acabou herdado por brasileiros. Por outro lado, Parsons viu cenário favorável a outras nações. Destacou ainda a surpresa com atletas que não competiram em eventos durante o ciclo e quebraram marcas no Rio, sobretudo na natação.

- A Itália foi um dos que se beneficiou da saída da Rússia. Austrália e Alemanha também. Uma das explicações é essa. Outro item que ajudou foi sermos surpreendidos na natação, com atletas vindos do nada, que às vezes vieram do convencional. Não tivemos a posse de tantas informações para talvez revisar a meta lá atrás. Deixamos de ganhar medalhas que esperávamos, como natação e goalball, atual campeão mundial. E o crescimento do esporte paralímpico em diversos países - disse Andrew.

Em 2012, a entidade voltou a debater a meta no Rio, traçada em 2009, mas decidiu mantê-la. Já diante da polêmica sobre as medalhas chinesas conquistadas por desconhecidos, o presidente evitou falar em manipulação no sistema de classificação dos atletas.

- É prematuro falar em manipulação. Mas a ausência de atletas em momentos importantes do ciclo gera desconforto. Nos Jogos, fomos inundados de denúncias. Confiamos nos classificadores internacionais, mas precisa ser sempre aprimorado. Faremos reavaliação do sistema de classificação da natação - revelou Parsons, sem maiores detalhes.

O Brasil encerrou sua participação com 72 pódios, 29 a mais do que em Londres-2012. Mas o número de ouros caiu de 21 para 14. Outro dado destacado foi que, enquanto apenas sete esportes foram ao pódio na Inglaterra, a Rio-2016 premiou 13 modalidades. Canoagem, ciclismo, vôlei sentado e halterofilismo deram medalhas pela primeira vez.

- O CPB está extremamente satisfeito. É claro que tínhamos uma meta de ficar em quinto lugar em ouros, mas havia uma série de outras metas, e todas foram alcançadas. Houve aumento de 65% de medalhas em relação a Londres. Sob essa ótima foi a melhor participação da história - disse Parsons.

Para Tubiba, outro dado justifica a satisfação da entidade. Ele afirmou que 15 atletas (sete mulheres e oito homens) abaixo de 23 anos ganharam medalhas na capital fluminense.

- Investimos em uma nova geração, sobretudo para Tóquio - disse.

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