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Penúltimo dia da Paralimpíada é marcado por tragédia, despedida e 11 medalhas brasileiras

Iraniano morreu após queda no ciclismo de estrada, Clodoaldo Silva disse adeus ao esporte, e Brasil não consegue atingir meta de pódios nos Jogos Rio-2016

Bahman Golbarnezhad foi fotografado pouco antes de se acidentar em Grumari
imagem camera (Foto: AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 17/09/2016
22:07
Atualizado em 18/09/2016
00:45

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Os Jogos Paralímpicos Rio-2016 estão quase no fim. Neste sábado, o evento realizou seu décimo e penúltimo dia de competições no Rio de Janeiro, e a jornada reuniu de tudo um pouco. Teve despedida de uma lenda brasileira da natação e chuva de medalhas de atletas da casa. A principal notícia do dia, porém, não é digna de celebração. Pelo contrário, deixará uma marca negativa para sempre na história da Paralimpíada brasileira.

Confira abaixo um resumo do décimo e penúltimo dia dos Jogos Rio-2016

Tragédia no ciclismo de estrada, com morte de iraniano

Dirigentes dão coletiva sobre a morte do ciclista iraniano na Paralimpíada (Foto: Igor Siqueira)
Dirigentes dão coletiva sobre a morte do ciclista iraniano na Paralimpíada (Foto: Igor Siqueira)

O dia 17 de setembro de 2016 ficará marcado para sempre na história dos Jogos Paralímpicos e de forma negativa. Nesta data, morreu em plena competição o iraniano Bahman Golbarnezhad, após sofrer uma queda na prova do ciclismo de estrada na classe. Bahman tinha 48 anos e faleceu após sofrer uma parada cardíaca, enquanto era levado para um hospital na Barra da Tijuca. 

Na mesma competição, o brasileiro Lauro Chaman ficou com a medalha de prata - a segunda vez que ele subiu no pódio na Rio-2016. O ouro acabou com o holandês Daniel Gebru.

Na natação, nona medalha de Daniel Dias e adeus de Clodoaldo Silva

Natação - Daniel Dias
Daniel Dias em uma de suas provas na Rio-2016 (Foto: Reprodução Flickr)

O último dia de competições da natação no Estádio Aquático foi de muitas emoções. O astro Daniel Dias completou sua jornada com 100% de aproveitamento, com nove medalhas em nove provas disputadas no Rio. E o encerramento foi com chave de ouro. Ele faturou a vitória nos 100m livre S5. Com mais esse resultado, Daniel chegou a 24 medalhas paralímpicas na carreira, sendo 14 de ouro. Ele é o maior nadador paralímpico da história. 

Se Daniel, com 28 anos de idade, ainda deve disputar mais pelo menos uma Paralimpíada, outra lenda das piscinas disse adeus neste sábado. Clodoaldo Silva, o Tubarão, despediu-se do esporte. O agora ex-atleta, de 37 anos, deixa a natação com 14 medalhas paralímpicas, sendo seis de ouro, todas elas obtidas nos Jogos de Atenas-2004. A aposentadoria de Clodoaldo foi bastante emotivo no Estádio Aquático. O atleta chorou e foi cumprimentado por toda a equipe brasileira. Uma homenagem digna do tamanho dele.

O Brasil encerrou a natação na Rio-2016 com seu maior número de medalhas conquistadas (19), mas com queda em ouros (quatro, todas de Daniel Dias). Neste sábado, Daniel faturou também um bronze no revezamento 4x100m medley ao lado de Ruan de Souza, Andre Brasil e Phelipe Rodrigues. E Joana Maria Silva ficou em terceiro lugar nos 100m livre S5. 

Brasil Futebol de 5 Ricardinho Irã
Ricardinho coloca a bola para dentro na final contra o Irã, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca (Foto: Divulgação)

É tetra! O grito do narrador Galvão Bueno, que entrou para a história quando o Brasil venceu a Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos no futebol, também pode ser entoado pela Seleção Brasileira de futebol de 5. O time nacional conquistou a quarta medalha de ouro consecutiva na modalidade nos Jogos Paralímpicos neste sábado. O time venceu o Irã por 1 a 0 na decisão, com gol de Ricardinho, e fez a festa no Parque Olímpico. O grupo não perde um jogo oficial desde 2013. 

Mais três pratas no atletismo
A Seleção Brasileira de atletismo segue dando seu show no Engenhão nos Jogos Paralímpicos. Neste sábado, o país conquistou mais três medalhas, todas de prata. Felipe Gomes nos 400m T11, Petrúcio Ferreira nos 400m T47 e Shirlene Coelho no lançamento de disco  F38 foram os responsáveis por aumentar o número de láureas da equipe para 32, atrás apenas da China (65), Estados Unidos (40) e Grã-Bretanha (33). 

Vôlei sentado e tênis de mesa também ganham medalhas

Jogos Paralímpicos - Vôlei sentado
Jogadoras brasileiras do vôlei sentado comemoram medalha inédita (Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB)

Mais três medalhas obtidas pelo Brasil neste sábado, todas de bronze, vieram no vôlei sentado e no tênis de mesa.

No vôlei sentado, a equipe subiu no pódio pela primeira vez em Jogos Paralímpicos, com a vitória sobre a Ucrânia por 3 sets a 0. No tênis de mesa, as duas medalhas saíram na competição por equipes.

No masculino, Iranildo Espíndola, Guilherme Marcião e Aloísio Lima venceram a Eslováquia por 2 a 1 na combinação das partidas nas classes 1-2. No feminino, Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos ganharam da Austrália por 2 a 0 na disputa pelo terceiro lugar. 

Brasil terminará Jogos sem atingir meta 
O penúltimo dia dos Jogos Paralímpicos Rio-2016 também trouxeram a certeza de que o Brasil não conseguirá cumprir a meta de ser top 5 no quadro de medalhas dos Jogos. Com 71 medalhas, a delegação superou de longe sua melhor campanha, que era de 47 pódios, em Pequim-2008.

No entanto, o país regrediu em número de ouros em relação a Londres-2012. Foram 21 ouros há quatro anos, contra 14 agora. Com isso, o Brasil ocupa a oitava posição no quadro de medalhas (em Londres, o país ficou em sétimo lugar), e não conseguirá alcançar a Austrália, que soma 21 láureas douradas. Neste domingo, o Brasil estará na disputa de quatro medalhas: três maratonas, e o bronze no vôlei sentado masculino. 

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