Tênis de mesa e ciclismo recolocam o Brasil no pódio na manhã de sábado
Bruna Alexandre, agora por equipes, e Lauro Chaman voltam a conquistar medalhas nos Jogos Paralímpicos, em dia que outros brasileiros voltaram a carimbar vagas nas finais do atletismo e da natação
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Conquistar uma medalha em Jogos Paralímpicos já é bom. Imagine, então, faturar duas láureas em uma mesma edição de Paralimpíada. Isso pode até ser comum para grandes atletas de algumas modalidades, mas nunca foi no tênis de mesa e no ciclismo do Brasil. Não até o fim da manhã deste sábado. Afinal, Bruna Alexandre e Lauro Chaman conseguiram assegurar mais uma vez um lugar no pódio.
O bronze conquistado pela equipe feminina do tênis de mesa da classe 6-10 e a prata obtida pelo ciclista na prova de estrada de resistência foram as únicas láureas da delegação brasileira nesse décimo dia de disputas nos Jogos do Rio de Janeiro. Com a Paralimpíada perto do fim, o número de competições diminui, assim como os pódios.
E se ainda segue fora do top 5 no quadro de medalhas - está na oitava colocação, com 12 ouros, 26 pratas e 24 bronzes -, o Brasil, pelo menos, segue com chances de melhorar esse número. Afinal, no início da noite acontecem mais finais da natação e do atletismo. E a presença de atletas do país está confirmada, inclusive com Daniel Dias.
Meninas bronzeadas
Aos 21 anos de idade, Bruna Alexandre já pode afirmar: "É uma das melhores jogadoras da história do tênis de mesa paralímpico do Brasil". Afinal, em sua segunda Paralimpíada, a atleta chega ao segundo pódio.
Após faturar o bronze na disputa individual da classe 10, a atleta liderou a equipe feminina do país na disputa pela medalha de bronze por equipes. Sem se intimidarem diante da Austrália, as brasileiras venceram por 2 jogos a 0 e asseguraram o terceiro lugar.
Na primeira partida do dia, Bruna e Danielle Rauen venceram as australianas Melissa Tapper e Andrea McDonnell por 3 sets a 2 (11-13, 11-9, 11-4, 11-13 e 11-2).
Em seguida, no primeiro duelo de simples, Bruna voltou a encarar Melissa. E não tomou conhecimento da adversária ao vencer por 3 a 0 (11-7, 11-9 e 11-8). Mais um triunfo e outra medalha no peito.
- Só tenho a agradecer a torcida toda, o país interior. Foi dificil. Em Londres-2012, tinha perdido para a australiana. Agora, foi melhor para mim - afirmou Bruna ao SporTV.
A festa após a conquista mostra muito bem o sentimento das brasileiras. Bruna arrancou as borrachas da raquete e as jogou para a torcida. Não faltaram bolinhas para os espectadores.
- Só não dei a madeira, porque era muito caro. Mas dei o que era possível, as borrachas, as bolinhas... - disse Bruna.
Além dela e Danielle, Jennyfer Parinos foi a outra representante da equipe brasileira.
Voando na pista
Quem também brilhou na manhã deste sábado foi o ciclista Lauro Chaman. O brasileiro ficou com a medalha de prata na prova de resistência do ciclismo de estrada. Ele terminou a disputa 38 segundos atrás do medalhista de ouro, o holandês Daniel Gebru. Terceiro colocado, o italiano Andrea Tarlao teve o mesmo tempo que o atleta do Brasil.
Essa é a segunda medalha de Chaman nos Jogos do Rio de Janeiro. Durante a semana, ele já tinha faturado o bronze na prova contrarrelógio de estrada.
Mais finais
Como aconteceu durante todos os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, o Brasil está garantido em algumas finais da natação no início da noite deste sábado. Os principais destaques são Daniel Dias e Clodoaldo Silva, que competem nos 100m livre S5.
Também vão lutar por medalhas: Thomaz Matera (50m livre masculino S12), Patrícia Pereira (50m livre feminino S4) e Joana Neves (100m livre feminino S5).
Além da natação, a delegação brasileira tem presença garantida nas finais do atletismo. Ana Claudia Silva terminou sua bateria eliminatória na terceira colocação, com 16s42. A vitória na série foi da alemã Vanessa Low. Com o resultado, a brasileira se garantiu na decisão dos 100m T42, com o quarto melhor tempo.
Não deu
Ainda no atletismo, brasileiro Thiago Paulino Santos terminou a final do arremesso de peso masculino F57 na quinta colocação, com a marca de 13,92m. A medalha de ouro ficou com o chinês Guoshan Wu, com 14,42m. A prata foi do polonês Janusz Rokicki, com 14,26m, e o bronze terminou com Javid Shakib, do Irã, com 14,13m
Já no rúgbi em cadeira de rodas, o Brasil perdeu para a França por 59 a 54 na disputa pelo sétimo lugar.
Enquanto isso, na vela Antonio Marcos do Carmo, Herivelton Anastácio e José Matias de Abreu terminou a última regata da classe Sonar na 11ª posição. A vitória na disputa ficou com o time dos Estados Unidos. Os brasileiros também ficaram no 11º posto na classificação geral. Já a medalha de ouro foi para a Austrália
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