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União Ciclística nega problema em circuito no qual iraniano morreu

Investigação vai apurar com mais profundidade causas do acidente na Paralimpíada

Dirigentes dão coletiva sobre a morte do ciclista iraniano na Paralimpíada (Foto: Igor Siqueira)
imagem cameraDirigentes dão coletiva sobre a morte do ciclista iraniano na Paralimpíada (Foto: Igor Siqueira)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 17/09/2016
22:44
Atualizado em 18/09/2016
01:07

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A União Ciclística Internacional (UCI) assegurou que o circuito do ciclismo de estrada dos Jogos Paralímpicos do Rio, no qual o iraniano Bahman Golbarnezhad sofreu um acidente que causou a morte dele neste sábado, está nas condições adequadas para a prática da modalidade paralímpica.

- Queria expressar meus pêsames. O circuito estava nas condições corretas, não havia questão sobre isso ou objeto na pista. Estamos investigando as circunstâncias exatas - assegurou Piers Jones, diretor esportivo da UCI, que espera conclusões em alguns dias e emendou:

- O ciclismo de estrada acontece em vias e equipamentos cujo circuito todo baseado para garantir que os atletas tenham segurança.

Bahman perdeu o controle, bateu em uma calçada e caiu, tendo traumatismo craniano, na pista de Grumari, na Zona Oeste do Rio. O acidente ocorreu às 10h30 e ele foi declarado morto às 12h30, após uma parada cardiorrespiratória. Não há imagens em vídeo sobre o incidente, somente fotos feitas pela equipe de resgate.

Nesse espaço de tempo, segundo informou o Comitê Rio-2016 e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC), o primeiro atendimento ocorreu cinco minutos depois do acidente ter sido reportado. Nos primeiros socorros, Bahman tinha sinais vitais estáveis. No entanto, o quadro piorou na ambulância, que acabou levando-o ao Hospital da Unimed, o mais próximo. Só que, segundo relatos, ele já chegou, às 11h50, sem respirar. Ainda houve um período de 40 minutos para tentativa frustrada de reanimação até o óbito ser declarado.

- É um dia de pesadelo para o Comitê Paralímpico Internacional. Minhas mais sinceras condolências vão para o Irã, para seus familiares e para o comitê paralímpico do Irã. Meu coração está completamente despedaçado. Vamos fazer uma completa investigação para identificar o que aconteceu e como ocorreu o acidente com o Bahman Golbarnezhad. Foi feito de tudo para salvá-lo. A organização dispôs de tudo. De paramédicos, médicos, enfermeiros, ambulância. Tudo funcionou e tudo foi feito com a intenção de salvá-lo. Não houve cortes de orçamento que pudessem ter afetado de alguma forma a ocorrência de hoje - disse o presidente do IPC, Philip Craven.

Um jornalista britânico chegou a questionar na coletiva deste sábado se os cortes financeiros dos Jogos atingiram os atendimentos de saúde dos atletas, insinuação que foi fortemente rebatida pelo diretor de comunicação da Rio-2016, Mário Andrada:

- É absurdo imaginar que correríamos riscos para os atletas em nome de questão financeira.

O secretário-geral do Comitê Paralímpico do Irã, Masoud Ashrafi, solicitou que o corpo do ciclista fosse levado neste domingo para o Irã. Houve uma demora para a confirmação pública da morte porque os dirigentes estavam tentando manter contato para avisar primeiro a família.

Por causa da morte do iraniano, bandeiras do país e do IPC estão a meio mastro na Vila dos Atletas. Haverá um minuto de silêncio na cerimônia de encerramento dos Jogos neste domingo.

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