À espera de nova assembleia, Libra apresenta estrutura de governança para Liga única
Apesar de divergências, Libra e LFF tratam com otimismo um acordo para a realização da Liga única
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A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) - bloco de 18 clubes que negocia a criação de uma liga única com a Liga Forte Futebol (LFF), que tem 26 clubes - divulgou, pela primeira vez, detalhes da possível estrutura de governança da Liga. A apresentação aconteceu em palestra do Sports Summit, evento que reuniu a indústria do esporte em São Paulo.
Participaram da exposição André Sica (diretor interino da Libra), Thairo Arruda (diretor geral da SAF do Botafogo) e Pedro Daniel (Diretor de Esportes, Mídia e Entretenimento na EY). O trio comentou sobre a história da Libra, o cenário atual das negociações e o modelo de governança proposto para a liga única de 40 clubes.
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A novidade antecede a próxima Assembleia Geral da Libra, que pode ser decisiva para mudanças no estatuto e para a aproximação definitiva com a LFF. O cenário atual é de otimismo por um acerto ainda no primeiro semestre deste ano. A reportagem do LANCE! apurou que a reunião da Libra está prevista para acontecer em meados de maio, mas ainda sem data marcada.
A estrutura de governança da Libra
O principal órgão da estrutura organizacional da Libra é a Assembleia Geral, que incluirá todos os clubes associados e será a competência para alterações estatutárias e aprovação de contas.
Abaixo, estarão o Conselho Deliberativo da Série A e o Conselho Deliberativo da Série B, ambos com autonomia nas respectivas divisões. Entre outras tarefas, os conselhos serão responsáveis por definir os critérios de divisão de recursos oriundos da exploração dos direitos, serviços e produtos diretamente relacionados à respectiva divisão. Cada Conselho Deliberativo será dirigido por uma Mesa Diretora, composta por um presidente e por um secretário, eleitos pela maioria dos membros.
Outro órgão da Libra será o Conselho Gestor ou Conselho de Administração. Ele será composto por sete membros, indicados pelos Conselhos Deliberativos das Séries A e B para um mandato de três anos. Os integrantes não podem exercer cargo ou função executiva nos clubes associados e serão responsáveis por conceber, propor e coordenar a execução dos projetos da Libra.
Entre os sete membros do Conselho Gestor, um será elegido o Presidente (ou Diretor Institucional) da Libra. Ele será eleito para um mandato de um ano, permitida uma única recondução, e será responsável por representar a liga, além de convocar e presidir as Assembleias Gerais e as reuniões do Conselho Gestor.
A gestão cotidiana e de expediente da Libra será realizada por uma Diretoria Executiva, cujos membros serão livremente contratados e demitidos pelo Conselho Gestor. Ela será composta por um Diretor Executivo (CEO), um Diretor Financeiro (CFO), um Diretor de Marketing (CMO) e um Diretor Jurídico (CLO). Eles serão responsáveis por gerenciar os negócios da liga, realizando todas as atividades administrativas e financeiras necessárias.
Haverá também um Diretor Operacional (COO), que será responsável pela intermediação entre a Diretoria Executiva e os demais departamentos operativos, como Financeiro, Licenciamento, Negócios Internacionais, Comunicação, Relações Externas, entre outros. De forma paralela, a Libra também terá um Conselho Fiscal e um Comitê de Ética, dois órgãos independentes dos demais.
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