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Champions League, Paulistão e NBA: executivo da TNT Sports fala ao L! e analisa planos no Brasil

Diego Vieira, Head de Esportes da Warner Bros Discovery Brasil, explica diferentes estratégias na cobertura multimídia

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imagem cameraChampions League é o principal produto da Warner no Brasil (Foto: IMAGO/NurPhoto)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/04/2023
15:09
Atualizado em 25/04/2023
07:00

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A Warner Bros. Discovery é um dos principais players do mercado de transmissões esportivas no Brasil. Com direitos do Campeonato Paulista até 2025 e da Champions League, o maior torneio de clubes do mundo, até maio de 2024, a empresa encontrou um modelo de distribuição diferente dos concorrentes ao misturar entretenimento, eventos e esporte ao vivo, em diferentes plataformas.

A Warner não tem canal esportivo no Brasil desde 2018, quando encerrou o Esporte Interativo e o transformou em um projeto esportivo multimídia. Em 2021, o EI passou a se chamar TNT Sports e manteve a forte presença nas plataformas digitais. Hoje, os direitos esportivos da empresa são exibidos pela TV paga na TNT (e eventualmente no Space) e na HBO Max, a plataforma de streaming da companhia.

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+ Revolução digital e fragmentação dos direitos: o presente e futuro das transmissões esportivas

Para entender mais sobre o modelo de trabalho, o LANCE! entrevistou Diego Vieira, Head de Esportes da Warner Bros. Discovery Brasil. Além de comentar sobre o cenário atual das transmissões esportivas (clique aqui para ler), o executivo detalhou os projetos da empresa no país.

Casa da Champions League desde 2015

Se contar a época do Esporte Interativo, a Warner é a casa da Champions League no Brasil desde 2015. Desde então, a empresa realiza altos investimentos para renovar os direitos e manter uma cobertura in loco com correspondentes espalhados pela Europa. O objetivo, segundo Diego Vieira, é manter o interesse dos brasileiros em torno do torneio.

- Nosso principal foco é fazer com que a Champions League continue sendo relevante. O brasileiro ama a Champions já há muito tempo. Do ponto de vista de negócio, a Champions é muito interessante para os anunciantes e é um conteúdo de muita relevância para o fã. Ou seja, ela faz todo o sentido na estratégia das plataformas. Você tem ali a combinação dos melhores jogadores do mundo se encontrando em dias específicos. A Champions, de muitos e muitos anos, é líder de audiência em todos os lugares. Ela entrega números incríveis no ambiente digital e fortalece o negócio como um todo - disse Diego Vieira.

Os números comprovam a tese do executivo. A temporada atual da Champions League, até então, posiciona o TNT como canal com maior audiência na TV por assinatura, com média +140% superior ao segundo colocado. Durante os jogos ao vivo da Champions, além de conquistar a primeira posição na TV paga, o TNT lidera a categoria de esportes com audiência 500% superior em relação aos concorrentes do mesmo gênero.

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Liverpool x Real Madrid
Warner tem os direitos da Champions League no Brasil (Foto: AFP)

Apenas nesta temporada, os jogos ao vivo da Champions na TV paga já foram vistos por mais de 5,2 milhões de pessoas diferentes. O sucesso também é refletido no streaming. A final da edição 2021/22, entre Liverpool e Real Madrid, foi transmitida pelo HBO Max e bateu recorde de audiência da competição na plataforma, atingindo 767 mil visualizações.

- A gente consegue uma comercialização incrível com a Champions, tem muitos parceiros importantes, relevantes no mercado que querem se associar a TNT Sports. Atualmente, a gente tem a Champions na TV paga e no streaming, mas ela acontece muito no nosso ambiente digital também. A gente é líder de engajamento esportivo no Brasil e a Champions tem uma grande contribuição nisso - disse Vieira.

A Warner Bros. Discovery é, inclusive, uma das empresas na disputa pelos direitos do próximo ciclo de transmissão da Champions League. As negociações estão na reta final e devem ter uma definição nas próximas semanas. Além da empresa americana, Globo e SBT estão entre os players interessados em transmitir as partidas do torneio.

Cobertura ampliada do Campeonato Paulista

Palmerias campeão paulista 2023
Paulistão é exemplo de fragmentação dos direitos (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Outro produto de destaque da Warner no mercado brasileiro é o Paulistão. A empresa assegurou os direitos de transmissão do torneio para o período entre 2022-2025 e aproveita para realizar testes entre as plataformas. Em 2022, os jogos foram exibidos apenas no serviço do HBO Max. Em 2023, a cobertura foi ampliada e incluiu a transmissão de jogos no TNT, canal de TV por assinatura. Segundo Vieira, essa será a estratégia para os próximos anos.

- O Paulista é um produto muito bem trabalhado do ponto de vista de marca e da qualidade de jogo. Na prática, é um campeonato nacional porque tem grandes clubes de torcidas nacionais. A gente viu isso nos números desde o primeiro campeonato. E no nosso caso, a gente está numa empresa que tem muitos negócios, com uma gama de conteúdos muito amplos, e a gente tem a oportunidade de explorar os nossos direitos em muitos ambientes, em muitas telas. E eu acho que o Paulista, neste segundo ano, que é a consolidação do produto dentro da companhia, a gente teve uma combinação ótima entre o público de TV paga e o público de HBO Max. A gente teve números incríveis com a competição nos dois lugares - disse Vieira, antes de completar:

- O Paulistão tem uma relevância hoje, em termos de público e audiência, que se compara a Champions. Obviamente com um produto diferente, um produto local, é um produto que tem menos meses. Estamos super satisfeitos. Essa vai ser a estratégia da da do Paulistão daqui pra frente.

NBA segue a mesma lógica

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NBA bola
Warner transmite NBA na TV paga e no streaming (Foto: AFP)

Desde 2021, a Warner é uma das responsáveis por transmitir a NBA para o público brasileiro. O acordo é fruto de uma parceria com a Budweiser, que é detentora de um pacote de jogos. A cobertura que começou no ambiente digital, no Youtube, agora também está presente na TV por assinatura, em uma estratégia da empresa de ampliar a conversa com o público.

- A NBA nos procurou em algum momento para a gente tentar encontrar um modelo que ampliasse a conversa em torno desse pacote de jogos, mas no final que nós conseguíssemos trabalhar com NBA para alcançar mais gente, alcançar mais público, contar mais histórias, personagens… No primeiro ano, a gente fazia os jogos no YouTube e conseguiu criar uma conversa legal com a comunidade do basquete. Mas para a gente era interessante também poder conversar com o outro público. A gente tem um negócio muito forte na TV paga, com foco em esportes na TNT e Space. E para a NBA, nesta temporada, foi interessante também que a gente fizesse uma transmissão no mundo digital, ali dentro do YouTube, e uma transmissão na TV paga. 

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