O duelo entre Bahia e Flamengo pelas quartas de final da Copa do Brasil começa nesta quarta-feira, e marca a primeira vez que as equipes se encontram num torneio mata-mata em mais de 20 anos - a última vez foi na extinta Copa dos Campeões, em 2001. Mais do que isso: este será o primeiro embate com os dois times efetivamente endinheirados fora do Campeonato Brasileiro.
Os clubes se reformularam financeiramente nos últimos tempos. No caso do mandante do primeiro jogo, a adesão ao Grupo City se deu em meados do ano passado, enquanto o visitante iniciou o processo há cerca de dez anos. Quase que consequentemente à organização das contas, o Rubro-Negro começou a colher os frutos esportivos. Caminho que o Bahia quer repetir.
Para tanto, o Tricolor vem investindo montantes inéditos na história do nordeste. E foi quem contratou, por exemplo, Everton Ribeiro, do próprio Flamengo, no início deste ano. Os valores desembolsados por outros reforços sublinham o contexto do Bahia atual.
Top-5 compras do futebol do Nordeste:
Luciano Rodríguez (Bahia): R$ 65 milhões (julho/2014)
Caio Alexandre (Bahia): R$ 24,3 milhões (janeiro/2024)
Jean Lucas (Bahia): R$ 24,2 milhões (janeiro/2024)
Moisés (Fortaleza): R$ 18,4 milhões (dezembro/2023)
Jhoanner Chávez (Bahia): R$ 18 milhões (janeiro/2023, já fora do clube)
Mas o Flamengo não fica atrás. O clube vive, de longe, a era mais rica de sua história. Nesta quarta-feira, anunciou, finalmente, a compra do argentino Carlos Alcaraz. Os € 20 milhões (cerca de R$ 122 milhões) pagos ao Southampton fazem do meia o jogador mais caro da história rubro-negra. E não para aí.
O elenco comandado por Tite tem outros dos mais custosos da instituição em todos os tempos: na ordem, após Alcaraz, Gerson (R$ 92 milhões), Arrascaeta (R$ 89,4 milhões), Pedro (R$ 88,2 milhões) e Gabigol (R$ 78,6), para ficar só no top-5.
O Bahia ainda está na fase de pagamento de dívidas e investimento no elenco. Por isso mesmo encerrou 2023 com déficit de R$ 66 milhões. O Rubro-Negro, por sua vez, teve R$ 320 milhões de superávit no período. Fases aparentemente distantes, mas que podem não ser tão afastadas quando a bola rolar.