Qual competição é mais rentável para os clubes brasileiros: o Brasileirão ou a Copa do Brasil? Esta é uma dúvida frequente entre os torcedores, principalmente quando os times optam por priorizar um torneio em detrimento do outro.
Para responder à pergunta, o Lance! Biz resolveu comparar os valores pagos e explicar como funciona a divisão do dinheiro em cada campeonato. Confira os detalhes abaixo!
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Antes de tudo, é preciso explicar: em ambos os casos, as cifras recebidas pelos clubes têm relação com as receitas geradas pela venda dos direitos de transmissão. A lógica por trás da distribuição do dinheiro, no entanto, difere entre os torneios.
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💰 Como funciona a divisão do dinheiro?
No caso da Copa do Brasil - organizada pela CBF, todo o pagamento é feito de acordo com a performance dos times. São as chamadas "premiações". Quanto mais longe o clube chega, maior a fatia que ele tem direito do bolo total.
Já no Brasileirão, a divisão é mais complexa. O Grupo Globo, dono dos direitos de transmissão, é responsável por pagar diretamente aos clubes. Os contratos de TV aberta e fechada obedecem uma distribuição "40-30-30":
💰 40% de forma igualitária;
💰 30% de acordo com o número de jogos transmitidos de cada time;
💰 30% de acordo com a classificação final ("premiação").
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No Brasileirão, há também as receitas relacionadas ao contrato de pay-per-view, que dependem do total arrecadado pela Globo com as vendas do Premiere. Alguns clubes - como Flamengo, Corinthians, Palmeiras e Grêmio - têm valores mínimos garantidos em contrato.
É a MAIS DEMOCRÁTICA! 🇧🇷
— Copa do Brasil (@CopaDoBrasilCBF) March 19, 2024
Equipes de todas as divisões, estados e regiões! Já estamos ansiosos pela próxima fase da #CopaBetanoDoBrasil!
Torcedor, já identificou seu time aí? pic.twitter.com/Ey3LJp2RtO
💸 Depois da explicação, vamos aos valores...
Na Copa do Brasil, o total de premiação distribuído entre os 80 participantes é de cerca de R$ 430 milhões. O campeão recebe, por exemplo, mais de R$ 90 milhões no acumulado. Veja os valores de cada fase:
Primeira fase: R$ 1,47 milhão (Série A) R$ 1,312,5 milhão (Série B) e R$ 787,5 mil (demais clubes)
Segunda fase: R$ 1,785 milhão (Série A), R$ 1,47 milhão (Série B) e R$ 945 mil (demais clubes)
Terceira fase: R$ 2,205 milhões
Oitavas de final: R$ 3,465 milhões
Quartas de final: R$ 4,515 milhões
Semifinais: R$ 9,45 milhões
Vice-campeão: R$ 31,5 milhões
Campeão: R$ 73,5 milhões
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Já no Campeonato Brasileiro, o Grupo Globo distribui pouco mais de R$ 2 bilhões entre os 20 clubes da Série A. Somando as receitas de TV aberta, TV fechada e pay-per-view, o campeão Palmeiras recebeu um valor próximo a R$ 160 milhões em 2023.
Deste valor, R$ 47,5 milhões correspondem à "premiação" pelo título. O restante é um pagamento mais previsível e que não depende do desempenho da equipe.
🤑 Conclusão
Comparando os bolos totais, o Brasileirão distribui muito mais dinheiro que a Copa do Brasil. A maior parte das receitas, no entanto, não depende da classificação final da equipe, mas sim de outros fatores. Dessa forma, o desempenho das equipes pesa - e rende - mais no torneio mata-mata.
Palmeiras e São Paulo são os atuais campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil (Foto: Staff Images/CBF)