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O tamanho do prejuízo: como rebaixamento à Série B pode impactar finanças dos clubes brasileiros?

Clubes rebaixados devem lidar com queda generalizada de receitas. Veja os valores em jogo

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imagem cameraCruzeiro e Vasco lutam contra o rebaixamento à Série B (Foto: Divulgação/Cruzeiro)
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Lucas Pessôa
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 22/11/2023
16:20
Atualizado em 23/11/2023
15:16

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O rebaixamento à Série B do Brasileirão não afeta apenas o prestígio esportivo de um clube. Significa também uma queda generalizada de receitas e, consequentemente, um maior aperto nas finanças.

Mas, afinal, qual é o tamanho do prejuízo? Por que os clubes deixam de faturar tanto na Série B? O Lance! Biz conversou com o economista Fernando Ferreira, sócio da Pluri, e esclarece possíveis dúvidas dos torcedores abaixo.

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De forma geral, o faturamento de um clube grande pode ter uma queda de até R$ 100 milhões ao cair para a Série B. Esse montante, ainda que considerado superficial, leva em consideração diferentes origens de receitas: direitos de transmissão, premiações, quadro social e bilheteria.

Direitos de transmissão: a principal "dor de cabeça"

A maior perda ques os clubes rebaixados sofrem é relativa aos direitos de transmissão da TV. Na Série A, os times ganham um valor total significarivo, que é composto pela cota do PPV, além das quantias referentes à TV aberta, TV fechada e premiação por desempenho.

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Na Série B, no entanto, a realidade é diferente. Desde 2019, os clubes têm de optar por receber o valor do pay-per-view ou a cota fixa de TV, que é de "apenas" R$ 10 milhões em 2023. Os clubes grandes, por terem grandes torcidas, costumam optar pela receita do pay-per-view.

Ainda assim, a receita nesta linha pode cair em até R$ 100 milhões no caso dos times de maior torcida, a depender de cada situação. Nos clubes de menor expressão, a queda é menor em termos nominais, mas também significativa.

Outras quedas de receitas

Além dos direitos de transmissão, Ferreira explica que, em média, os clubes grandes perdem em torno de 20% da receita com o quadro social e bilheteria ao serem rebaixados. O motivo é a natural queda de interesse dos torcedores na Série B.

Há casos, no entanto, de clubes que conseguem manter o mesmo patamar destas receitass mesmo quando são rebaixados. A mobilização da torcida é essencial para este processo.

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A presença na Série B também significa que o clube não disputará nenhuma competição internacional em 2024. Ou seja, são premiações milionárias que deixam de entrar nos cofres.

Por fim, outro possível prejuízo acontece na frente comercial. Os contratos de patrocínio costumam incluir uma cláusula de rebaixamento, que diminui o valor a ser pago ao clube em caso de queda à Série B.

América-MG x Vasco
América-MG foi o primeiro clube a ser rebaixado no Brasileirão 2023 (Foto: Mourão Panda/América)


Um outro desafio financeiro do rebaixamento

Além da queda generalizada de receitas, os clubes rebaixados devem enfrentar outro desafio: o corte de despesas. No caso dos grandes, este processo é ainda mais desafiador.

- Os clubes grandes perdem mais dinheiro quando caem porque a queda de receita é maior, mas também porque eles têm maior dificuldade para cortar as despesas. Eles costumam fazer contratos de longo prazo com atletas caros e precisam reduzir desesperadamente a folha salarial em um ano de Série B. Uma possibilidade é emprestar o jogador por uma temporada para tirar o custo dele na folha, enquanto você tenta retornar à Série A - explica Fernando Ferreira.

Com o América-MG rebaixado matematicamente e o Coritiba dependendo de um milagre para se salvar, Goiás, Bahia, Cruzeiro e Vasco lutam para fugir do Z4 na reta final do Brasileirão. Além do lado esportivo, eles têm MILHÕE$ de motivos para garantirem a permanência na Série A.

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