Flamengo e São Paulo entrarão em campo no próximo domingo para disputarem a primeira partida da final da Copa do Brasil de 2023.

Ambos perderam as suas partidas no meio da semana, válidas pelo Brasileirão. O que isso influencia para o jogo de domingo? NADA. ZERO.

Falo sempre que o passado explica o presente mas não prevê o futuro.

Independente do vencedor, as narrativas falarão que a derrota de quarta contribuiu para o título. E do outro lado, irão dizer que a derrota de quarta contribuiu para a perda do campeonato.

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Fatos são transformados em positivos ou negativos, de acordo com a necessidade da história. Sempre foi assim. Sempre será.

Dentro do vestiário, que é o que realmente importa, tenho certeza que ambas equipes já estavam com a cabeça no jogo de domingo, desde a sua classificação para a decisão. Por mais que os gestores de ambas as equipes tentem fazer a famosa “virada de chave”, é quase impossível fazer com que os elencos não pensem em uma final, quando estão nela.

Você arriscaria ficar fora de um jogo decisivo se expondo excessivamente em uma partida 4 dias antes da final?

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São Paulo e Flamengo se enfrentam na final da Copa do Brasil 2023 (Arte Lance!)


E não é uma final qualquer. É a única final de torneios nacionais que temos no nosso calendário. É a maior premiação paga no Brasil. O campeão ganha uma vaga direta na Libertadores de 2024. Maracanã e Morumbi serão os palcos da primeira final de Copa do Brasil disputada nos finais de semana dos últimos anos.

Do lado de fora do vestiário, mas ainda dentro de ambos os clubes, essa final vale mais do que tudo isso.

Para o Flamengo, que pode “salvar” sua temporada com a conquista da sua quinta Copa do Brasil e para o São Paulo, que deseja colocar o primeiro troféu deste torneio em sua galeria, a conquista dessa Copa do Brasil vale ainda mais.

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Levantar o troféu fortalece política e institucionalmente uma dessas duplas: Casares/Belmonte e Landim/Marcos Braz, presidentes e vices de São Paulo e Flamengo, ambos suportados e bem auxiliados pelos competentes Rui Costa e Bruno Spindel. 

Por outro lado, os gestores do clube derrotado terão dificuldades no restante desta temporada: para o São Paulo, que tem eleições no final do ano; e, para o Flamengo, que caso perca, terá seus problemas estendidos até 2024, ano eleitoral na Gávea (apesar do presidente Landim não poder se reeleger por estar em seu segundo mandato).

Vale dizer que tanto Flamengo como São Paulo, tem no seu modelo de governança, a presença marcante e atuante dos Vice-Presidentes de futebol, e ainda não deram sinais de que se transformarão em SAFs no curto prazo.

Alea jacta est, a sorte está lançada.

* Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Lance!

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