O Washington Commanders, uma das franquias mais populares da NFL, está prestes a ser vendida. Um grupo de investimentos liderado pelo bilionário Josh Harris, e que tem Magic Johnson como um dos sócios, fechou negócio por US$ 6 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões) nesta quinta-feira. A notícia foi publicada inicialmente pelo site Sportico.
A assinatura do contrato é esperada para os próximos dias. Em seguida, o acordo precisará ser aprovado pelo comitê financeiro da NFL e passar por votação favorável dos donos da liga, o que deve ocorrer em até 90 dias.
O valor envolvido na transação é o maior da história para uma franquia esportiva do país. Até então, o recorde era do Denver Broncos, da NFL, que foi adquirido por Rob Walton, herdeiro do Walmart, por cerca de US$ 4,6 bilhões em 2022.
Líder do grupo de investimentos, Josh Harris é coproprietário do Philadelphia 76ers, da NBA, e do New Jersey Devils, da NHL. Nos últimos anos, o bilionário tem procurado aumentar seu portfólio de esportes e participou das licitações pela compra do Denver Broncos (NFL) e do New York Mets (MLB). Ele também é investidor do Crystal Palace, da Premier League.
Além de Josh Harris, cujo patrimônio líquido é estimado em US$ 6 bilhões, o grupo comprador ainda conta com o bilionário Mitchell Rales e um conjunto de sócios limitados que inclui Magic Johnson, um dos maiores nomes da história do basquete.
Espera-se que uma das primeiras prioridades do novo grupo proprietário será a construção de um novo estádio. O FedEx Field, a atual casa dos Commanders, foi inaugurado em 1997 e não tem as características de geração de receita das novas arenas da NFL. Apesar de caro, o empreendimento caro, é crucial para melhorar a economia da franquia nas próximas décadas.
Magic Johnson será um dos donos dos Commanders (Foto: AFP)
Polêmica com o proprietário atual
Dono do Washington Commanders desde 1999, Daniel Snyder começou formalmente a busca por um comprador em novembro de 2022, quando contratou o Bank of America para buscar ofertas. As negociações aconteceram nos últimos seis meses em meio a uma série de acusações contra a administração, que incluem supostos assédios sexuais de executivos, uma cultura hostil no local de trabalho e irregularidades financeiras.
As polêmicas geraram, inclusive, um debate sobre a possibilidade da NFL de remover o proprietário, o que seria algo inédito na história da liga. Uma investigação na administração de Snyder foi iniciada em 2022 e segue em desenvolvimento.
O acordo entre Snyder e o grupo liderado por Harris simbolizaria, portanto, o fim de um dos mais tumultuados e controversos mandatos de propriedade nos esportes modernos dos Estados Unidos.