Japão pode recorrer a ‘vaquinha’ para não ficar sem transmissão da Copa do Mundo Feminina
Maior edição do campeonato estima 2 bilhões de telespectadores em mais de 150 países
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A menos de um mês para o início, a Copa do Mundo Feminina ainda enfrenta problemas em relação à venda dos direitos de transmissão. Potência na modalidade e campeão mundial em 2011, o Japão não tem contrato de transmissão para o torneio e pode recorrer a uma solução inusitada.
Entenda o desenrolar da história:
> O pais asiático é o último grande território sem exibição garantida. Até meados de junho, os principais países europeus também viviam impasse, mas a situação foi resolvida após acordo entre Fifa e a União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês).
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> Em entrevista à Reuters, o técnico da seleção feminina japonesa, Futoshi Ikeda, se mostrou apreensivo com a possibilidade de um blecaute na TV do país: “Para o futebol feminino se desenvolver no Japão futuramente, é importante que tenhamos pessoas nos assistindo e nos apoiando. Por isso, o torneio deve ser passado na televisão, e espero muito que todos possam assistir”.
> No cenário atual, os torcedores da seleção japonesa só poderão assistir aos jogos pelo aplicativo Fifa+, sem comentários em japonês.
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> Uma possível solução foi proposta pela chefe da liga feminina da primeira divisão do Japão (WE League), Haruna Takada. Segundo ela, há a tentativa de arrecadar uma quantia em dinheiro para garantir a transmissão do torneio. O valor e a data de início da campanha, porém, ainda não foram divulgados.
> No Brasil, a transmissão será realizada pelo SporTV, Globoplay, ge.com e CazéTV. Além disso, todos os jogos da Seleção Brasileira estarão presentes na TV Globo.
Opinião dos especialistas:
O financiamento coletivo no esporte é uma forma de alcançar objetivos que, de forma natural e individual, não seriam cumpridos. A iniciativa da direção da liga japonesa é extremamente válida, porque revela o desejo do país de fortalecer e dar visibilidade ao futebol feminino. Além disso, pode ser um ‘start’ para que empresas que estão ligadas à modalidade possam se interessar e contribuir para a causa
Rogério Neves, CEO da Motbot, startup que atua com crowdfunding esportivo
O futebol feminino vem crescendo de forma acelerada em muitos mercados, mas ainda encontra certa resistência em alguns lugares. Os países que não derem a devida atenção à modalidade hoje ficarão para trás, tanto no aspecto técnico, relacionado ao campo, quanto nas demais áreas que envolvem esse esporte
Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo e membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup (competição de futebol feminino)
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