Luta pela sobrevivência: entenda como rebaixamento pode impactar vida financeira dos clubes
Atlético-MG, Fluminense, Athletico-PR e Bragantino disputam permanência na Série A na última rodada do Brasileiro
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O Brasileirão chega ao fim no próximo domingo (8) com quatro times tentando fugir do rebaixamento. Atlético-MG, Fluminense, Athletico-PR e Bragantino jogam a vida porque as consequências de não ficar na Série A não envolvem apenas questões esportivas, mas também questões financeiras.
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O primeiro ponto é que os times que terminarem o campeonato no Z4 não receberão premiação. Se Galo, Flu e Furacão permanecessem nas posições que se encontram hoje, 14º, 15º e 16º, os times receberiam, respectivamente, cerca de R$ 17,3 milhões, R$ 16,8 milhões e R$ 16,3 milhões.
Além disso, é claro, os valores que os clubes receberão de direitos de transmissão por estarem na Série B serão menores do que os que receberiam ao disputar a Série A do Brasileiro de 2025.
Direitos de transmissão
Atlético-MG e Bragantino são membros da Libra, que vendeu seus direitos de transmissão do Brasileirão, de 2025 a 2029, para a Globo. O acordo da liga com a emissora estabelece o pagamento de R$ 1,17 bilhão por ano, se o grupo tiver nove equipes disputando a Série A. Assim, a queda de uma das duas equipes impacta tanto a sua própria receita, quanto a receita dos outros clubes que seguem na elite do futebol brasileiro.
Isso porque, mesmo com a volta do Santos, a Libra ficaria com apenas oito clubes na série A: Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, São Paulo, Vitória, Santos e o sobrevivente entre Galo e Bragantino. Com isso, o valor do contrato da Globo com a Libra cairia para cerca de R$ 1 bilhão, anualmente.
A essa quantia ainda será somado o valor de arrecadação com o PPV, que passará de 32% do total arrecadado, em 2024, para 40%, em 2025. A expectativa da Libra é receber, pelo menos, mais R$ 200 milhões com essa parte do acordo.
Do total, o valor que irá para os clubes da Série A será definido segundo a seguinte divisão: 40% igualitário, 30% por desempenho no campeonato e 30% por audiência auferida.
Para os times que disputarem a Série B, no entanto, ainda não é possível saber quanto o time receberá ao certo, uma vez que os direitos de transmissão das partidas da competição ainda não foram negociados.
Inicialmente, a CBF tinha fechado um acordo com a Brax sobre a transmissão da série B até 2026, mas esse pacto foi rompido. Agora, os clubes terão que negociar sozinhos.
O que é possível afirmar é que, segundo a apuração do Lance! Biz, o acordo entre Libra e Globo prevê o repasse de 3% do valor do contrato, fechado para a Série A, para os times do grupo que estiverem na Série B.
Pelo lado da LFU, Fluminense e Athletico-PR deixariam de fazer parte dos times que dividirão um montante que, até o momento, é de cerca de R$ 700 milhões. A liga já vendeu um pacote para Record e YouTube para a transmissão de 38 jogos do campeonato, ou seja, um jogo por rodada, por R$ 380 milhões por ano.
E, recentemente, anunciou o acordo da venda de outro pacote para a Amazon Prime, também para a transmissão de 38 jogos, um por rodada, pelo valor de R$ 323 milhões.
A Liga Forte União ainda possui quatro jogos por rodada para serem vendidos e a expectativa de arrecadação do grupo é de, pelo menos, mais R$ 1 bilhão com essas partidas remanescentes.
Por lá, a divisão do dinheiro arrecadado é feita em 45% de forma igualitária, 30% conforme a posição na tabela e 25% de acordo com a audiência.
Quanto ao valor que os times rebaixados desta liga receberão no ano que vem, também não é possível saber ao certo, por causa da indefinição das vendas dos direitos de transmissão da série B.
Vale lembrar que os três times que já estão rebaixados, Criciúma, Atlético-GO e Cuiabá, são da LFU. No entanto, o grupo já garantiu o retorno à Série A de três membros que estavam na Série B: Mirassol, Sport e Ceará.
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Ausência em grandes competições
Além disso, estar no Z4 e, portanto, ser rebaixado, deixa os clubes longe de competições como a Libertadores e Sul-Americana, disputadas por Galo, Flu, Furacão e Massa Bruta em 2024, e que rendem boas premiações mesmo para os clubes que não conquistam a taça.
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