Um negócio pode impactar profundamente o mercado de mídia esportiva nos próximos meses. Em busca de aumentar a oferta de transmissões de esportes ao vivo, a Apple estaria interessada na aquisição da ESPN, que atualmente pertence ao Grupo Disney.
Em uma entrevista à rede CNBC, Daniel Ives, um analista de Wall Street associado à empresa Wedbush, afirmou que a discussão não é mais uma questão de "se", mas de "quando" a gigante da tecnologia irá comprar a empresa de mídia esportiva.
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Por que a Apple estaria interessada na ESPN?
O interesse da Apple na compra da ESPN tem motivos claros por trás. Após iniciar o investimento em direitos de transmissão nos últimos anos, a empresa está intensificando sua busca por conteúdo esportivo ao vivo, em uma estratégia para aumentar o número de assinantes do Apple TV+.
Em 2022, por exemplo, a Apple fechou um acordo de 10 anos com a MLS por US$ 2,5 bilhões e viu a chegada de Messi ao Inter Miami impulsionar significativamente o número de assinaturas do serviço de streaming da empresa nos últimos meses.
Apesar da empresa não revelar os números oficialmente, a imprensa dos Estados Unidos afirma que o MLS Season Pass está se aproximando de 1 milhão de assinantes.
Apple tem acordo de 10 anos com a MLS (Divulgação/Apple)
Seguindo essa lógica, Ives defende que a Apple estaria inclinada a focar seus interesses nos ativos da ESPN (direitos de transmissão de campeonatos ao redor do mundo), em vez de adotar uma aquisição abrangente da Disney.
Quanto custaria a aquisição da ESPN?
Ives estima que uma eventual compra da ESPN exigiria um investimento superior a US$ 50 bilhões (R$ 250 bilhões) por parte da Apple.
Haveria algum impacto no mercado brasileiro?
Sim, a negociação, caso se confirme, teria impacto direto até no mercado de streaming brasileiro. Os torneios que hoje são transmitidos pelo serviço do Star+ passariam para a Apple TV+, por exemplo.
Quando essa negociação poderia ser fechada?
De acordo com Ives, a suposta aquisição poderia acontecer dentro de um período de seis a nove meses.
Cabe destacar que os detalhes acima baseiam-se principalmente em rumores que ventilam na imprensa dos Estados Unidos. As negociações ainda não foram confirmadas pelas empresas envolvidas.