Popó x Jr Dublê: lutas de boxe entre celebridades movimentam milhões no Brasil e no mundo
Duelos entre atletas profissionais e amadores se tornam um negócio lucrativo
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De um lado, Acelino Popó, tetracampeão mundial e um dos maiores nomes da história do boxe brasileiro. Do outro, Junior Dublê, youtuber e ator, sem tanta experiência no esporte.
Os dois se enfrentaram no sábado (26) num duelo que parecia improvável, mas faz parte de uma transformação pela qual passa o mundo das lutas e envolve um caminhão de dinheiro no Brasil e no mundo.
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Antes restrito apenas para atletas profissionais, o boxe vivencia o crescimento das lutas de exibição envolvendo celebridades. Além de Junior Dublê, Whindersson Nunes e Livinho são outros exemplos de famosos brasileiros que se aventuraram neste universo.
Pontapé nos Estados Unidos
O início desse modelo de entretenimento aconteceu nos Estados Unidos, com os irmãos youtubers Jake e Logan Paul. Enfrentando ex-estrelas do UFC e do boxe, a dupla despertou o interesse do público em eventos que, apesar do caráter de exibição, geram receitas milionárias.
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Cotas de patrocínio e venda de pay-per-view são as principais fontes de faturamento e se transformam em cachês astronômicos para os lutadores.
Para se ter uma ideia, segundo a revista Forbes, Jake Paul faturou US$ 45 milhões (R$ 219 milhões) com suas lutas em 2021. Em comparação a atletas "de verdade", ele ganhou mais do que Phil Mickelson (US$ 41 milhões) e Novak Djokovic (US$ 34,5 milhões) naquele ano, por exemplo.
Lendas do boxe entram no negócio
A onda atingiu até mesmo Floyd Mayweather e Mike Tyson, dois dos melhores lutadores da história do boxe. Mesmo já aposentados e com idades avançadas, os veteranos protagonizaram duelos com caráter de exibição nos ringues e faturaram milhões de dólares nos últimos anos.
A luta contra Logan Paul, em 2021, teria rendido US$ 100 milhões (R$ 486 milhões) aos cofres de Mayweather, de acordo com a imprensa norte-americana.
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A realidade brasileira
No caso das lutas de exibição no Brasil, as cifras são menores, mas ainda sim relevantes para um modelo de negócio que deve crescer nos próximos anos.
Em uma participação no podcast Podpah, Whindersson Nunes revelou que o valor da premiação do confronto contra Acelino Popó, em janeiro de 2022, foi de R$ 12 milhões - sem contar com patrocínios e pay-per-view, que geraram um montante superior a R$ 13 milhões.
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