Após oito anos, o Brasil volta a ter representante na Fórmula 1, com Gabriel Bortoleto, quem correrá pela Sauber em 2025. No entanto, o país continua sendo uma potência no automobilismo mundial e conta com pilotos em praticamente todas "fórmulas" existentes. Um dos principais nomes da Fórmula E, o brasileiro Lucas di Grassi comentou o valor "necessário" para se tornar um piloto de corrida.
- Uma carreia de piloto custa mais ou menos uns 10 milhões de euros, no total, até você se consolidar como profissional. Considerando que você vá bem em todas as categorias - analisou o piloto.
O valor "aproximado" pelo brasileiro Di Grassi é referente a todos os anos de carreira dos jovens pilotos, desde o início nos karts até as bases profissionalizantes, como as fórmulas. O alto custo não inclui a carreira do piloto após a entrada na Fórmula 1.
- São 10 anos de kart, dois anos de Fórmula 4, dois de Fórmula 3 e dois de Fórmula 2. Desde os sete ou seis anos de idade, até uns 20 anos… são 10 milhões de euros. É caro. Principalmente a parte quando começa a ser Fórmula 2, começa a ficar bem mais caro, né! É bem exponencial o custo - comentou.
Embora o custo seja alto para chegar a Fórmula 1, o retorno financeiro nos primeiros anos de carreira dos pilotos não é suficiente para equalizar as despesas. Segundo Di Grassi, os jovens pilotos "vendem o almoço para comprar o jantar" durante os anos iniciais no automobilismo.
- É difícil ganhar dinheiro com o automobilismo, é muito legal, mas é difícil. É um esporte que para ganhar dinheiro, por exemplo, quem corre de Porsche ou na Stock Car, a maioria está pagando para correr. É difícil ganhar dinheiro e é um esporte muito caro - completou o brasileiro.
A Fórmula 1 volta para o GP de Las Vegas, a penúltima etapa de 2024, nos dias 22 e 24 de novembro. Já para Fórmula E, a temporada 2024/25 começa no eP de São Paulo, no Sambódromo do Anhembi, nos dias 6 e 7 dezembro.
Lucas di Grassi é piloto da Fórmula E (Foto: Reprodução/Instagram)