Todo início de trabalho, seja na escola, em um novo emprego ou em um novo clube, exige um ritual de apresentação.
Poderia estar eu aqui em cima de uma cadeira falando sobre a minha trajetória e sendo obrigado a cantar uma música e o hino nacional no final, como no tradicional batismo da Seleção Brasileira. No entanto, para o nosso leitor, penso que vale aquele modelo mais ou menos formal para contar quem é e de onde vem Fabio Ritter, que passará a estar com vocês aqui no Lance! a partir de agora.
Primeiramente, é importante deixar claro que essa relação entre autor e Lance! não começou agora. Lá nos longínquos anos 90, quando a Internet ainda era mato, o extinto jornal já despertava a minha curiosidade. Fã e praticante de esporte, na Porto Alegre onde eu morava não havia circulação do impresso.
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Mesmo assim, fosse por TV ou mesmo pelos primórdios da rede mundial de computadores, já tinha conhecimento do veículo e me encantava poder ter um conteúdo totalmente dedicado aos meus interesses.
A solução era pedir a parentes e amigos que vinham ao Rio de Janeiro ou São Paulo para trazer exemplares do impresso para satisfazer minha curiosidade. Os anos se passaram e em seguida surgiu o portal Lancenet! que levou de vez para todo o Brasil a possibilidade de ter um canal dedicado integralmente àquilo que amávamos, o esporte.
Pedia exemplares do Lance! para parentes e amigos(Foto: Arquivo)
No meu caso, a modalidade, especificamente falando, era o futebol. De novo, ligamos a máquina do tempo para voltar, desta vez, ainda mais longe, ao final dos anos 80. Ainda sem saber ler ou escrever, minhas primeiras tentativas começaram justamente no mundo da bola. E a primeira palavra que aprendi a ler era justamente o nome do goleiro do meu time.
Isto porque associava a sua imagem e nome que constavam no meu álbum de figurinhas do Brasileirão com a escalação que aparecia no jornal no dia do jogo e que o trazia na primeira posição. A partir daí, são inúmeros episódios com o futebol, mas que hoje vou trazer apenas aqueles mais importantes.
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Goleiro desde criança, levei a sério o sonho de ser jogador de futebol e fiquei até os 16 anos obcecado por essa realização, quando na equipe juvenil (hoje chamada sub-17) do Grêmio, em 1999, essa ilusão chegou ao fim.
A sequência da vida me levou a caminhos bem distantes da bola, com o início de uma graduação em administração de empresas e primeiros estágios em agência, logística e até comércio exterior. Apesar de seguir jogando peladas aos fins de semana, sempre como goleiro, a carreira no futebol parecia um capítulo já encerrado.
Era gerente comercial do Grêmio na época da inauguração da Arena do Grêmio (Foto: Arquivo Pessoal)
Tudo muda ao final da minha faculdade quando o coração é atiçado ao receber um convite de um amigo para abrir uma empresa de monitoramento de transferências de atletas, a Indago. A partir disso, a carreira na indústria do futebol se inicia e conta capítulos até hoje.
Realizo um MBA em Indústria do Futebol, na Universidade de Liverpool na Inglaterra, entre 2009 e 2010, onde tive ainda a oportunidade de atuar na tradicional marca de material esportivo, a japonesa Mizuno.
Na volta ao Brasil, dedico mais tempo à minha criação do primeiro site de goleiros do Brasil, Guarda-Metas.com, que permaneceu por 10 anos no ar. Logo em seguida, assumo a gerência comercial do Grêmio FBPA, liderando o portfólio de patrocínios e mais tarde TV e rádio do clube.
Passados cinco anos, vem uma grande realização pessoal e profissional com a chegada na CBF para gerenciar o marketing da Seleção Brasileira. Como disseram para mim, se não foi pelo campo, estudando fora dele o sonho se realizou. Aliás, aquele batismo lá do início da nossa conversa eu tive que fazer de fato!
Por fim, chego à Cimed, no último outubro, para conduzir o marketing esportivo de uma das empresas que mais acredita na plataforma, no Brasil, como alavancadora do valor de suas marcas.
Falar sobre marcas e produtos no esporte será a minha principal pauta nesta jornada aqui no Lance!. Reviverei as inúmeras histórias vividas ao longo destes quase 20 anos de indústria trazendo exemplos do que deu certo ou errado.
Debaterei as principais tendências da atualidade sobre patrocínios, conteúdos, matchday, digital, transmissões, licenciamento, campanhas, ativações e tudo mais que fizer sentido na construção de marcas envolvidas no esporte. Agora é hora de beijar o escudo do Lance!, posar para a foto, agradecer a torcida e que seja uma jornada brilhante para nós todos!
* Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Lance!