O Mundial de Clubes da Fifa no meio deste ano pagará no total pouco mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,8 bilhões) em premiações para os 32 clubes participantes. Entretanto, as equipes brasileiras e de fora dos Estados Unidos estão sujeitas a cobranças milionárias de taxas e impostos após a participação no campeonato. A informação foi divulgada pelo jornal britânico "The Guardian".
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Isso se deve às políticas tributárias dos EUA aplicadas pelas autoridades fiscais somadas aos impostos cobrados pelos próprios países de origem dos clubes. Segundo o veículo, a Fifa tem buscado negociações com o país-sede para que os tributos cobrados sejam mais amenos e não afetem tanto os valores pagos às equipes.
Um dos fatores considerados mais complexos nas negociações entre Fifa e EUA são as variações de taxas cobradas pelos estados norte-americanos. A legislação do país permite que estados e municípios cobrem taxas diferentes, o que pode impactar em perdas para os clubes a depender da localidade das partidas. A Flórida, por exemplo, sediará jogos em Miami e Orlando e cobra imposto de renda estadual. Entretanto, a maioria das outras cidades que sediarão partidas está sujeita a esse imposto, como na Pensilvânia, de 3%, e Califórnia, de 7%.
Segundo fontes revelaram ao "The Guardian", a Fifa ainda acredita que será possível uma negociação com as autoridades fiscais norte-americanas. Para a Copa do Mundo de 2026, a entidade internacional já tem acertado que as 64 seleções participantes terão isenções de uma variedade de impostos para os jogos da competição.
Nos bastidores, o presidente da Fifa, Giannu Infantino, tem se movimentado para se aproximar das autoridades do país e, quem sabe, conseguir articular um acordo de isenção de taxas e impostos. O executivo esteve ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em março e levou o novo troféu do Mundial Clubes para o Salão Oval da Casa Branca. Na última semana, o representante esteve em um encontro com integrantes do FBI.
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Premiação dos times brasileiros no Mundial
Apenas com a fase de grupos do torneio, os clubes brasileiros (Flamengo, Palmeiras, Botafogo e Fluminense) vão receber 15,2 milhões de dólares (aproximadamente R$ 87 milhões na cotação atual). Cada vitória na primeira fase, por sua vez, renderá mais US$ 2 milhões (R$ 11,46 milhões), enquanto o empate pagará US$ 1 milhão (R$ 5,73 milhões).
As premiações seguem uma escala crescente a partir do mata-mata: US$ 5,7 milhões (R$ 32,6 milhões) para as oitavas de final; US$ 13,1 milhões (R$ 75 milhões) para as quartas; US$ 21 milhões (R$ 120 milhões) para as semifinais; e, por fim, US$ 40 milhões (R$ 229,2 milhões) para o campeão. Ou seja, se um clube brasileiro fizer uma campanha praticamente perfeita, pode embolsar o valor de R$ 586 milhões.
Vale ressaltar que os valores variam de acordo com o continente dos clubes. Ou seja, clubes da Europa podem gerar receitas iniciais de até US$ 20 milhões, valores superiores em relação aos dos brasileiros.