Vasco e Botafogo: investimento das SAFs pode gerar retorno direto na bilheteria

A primeira divisão do futebol brasileiro terá novamente, em 2023, quatro clubes cariocas. Dois estarão na Copa Libertadores da América, dois não. Destes últimos, uma novidade em comum: o recente investimento estrangeiro a partir da venda das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). Em comum também a necessidade de os valores aportados se reverterem em lucro aos mecenas de Vasco e Botafogo. O que pode se dar de forma direta nas bilheterias.

John Textor e sua Eagle Holding estão há quase um ano no comando do Glorioso, seis meses adiantados em relação ao processo da 777 Partners no Cruz-Maltino. O primeiro sonhou com uma vaga na principal competição do continente já neste ano, o outro voltou à Série A após dois anos na Segunda Divisão.

Os períodos para reformular os respectivos departamentos de futebol estão em diferentes momentos, mas as receitas destes e de outros clubes com bilheterias, em 2022, mostram que melhorar as equipes pode gerar lucro. Quem consegue disputar competições mais importantes cobra mais caro em ingressos e enche mais estádios. Em que pesem as diferenças de tamanho de torcidas e modo de gestão, quem disputa torneios mais importantes lucra mais.

Relatório desenvolvido pela Pluri Consultoria com exclusividade ao LANCE! e publicado inicialmente no final do ano passado revelou que alguns dos clubes envolvidos nas principais disputas do país e do continente arrecadaram mais. E mesmo na comparação com clubes de menor torcida é possível imaginar que tanto Botafogo quanto Vasco podem aumentar consideravelmente suas receitas com bilheterias.

Assim, consequentemente, gerar retorno aos investidores. Confira abaixo a lista de maiores arrecadações com bilheteria em 2022:

1. Flamengo - R$ 103,8 milhões (39 jogos)
2. Corinthians - R$ 93,2 milhões (36 jogos)
3. Palmeiras - R$ 82,8 milhões (37 jogos)
4. São Paulo - R$ 66,2 milhões (39 jogos)
5. Atlético-MG - R$ 47,1 milhões (34 jogos)
6. Cruzeiro - R$ 34,2 milhões (28 jogos)
7. Fluminense - R$ 30,4 milhões (36 jogos)
8. Inter - R$ 28,9 milhões (30 jogos)
9. Grêmio - R$ 25,3 milhões (27 jogos)
10. Athletico-PR - R$ 19 milhões (37 jogos)
11. Fortaleza - R$ 18,9 milhões (36 jogos)
12. Vasco - R$ 16,1 milhões (26 jogos)
13. Bahia - R$ 15,4 milhões (30 jogos)
14. Botafogo - R$ 13 milhões (28 jogos)
15. Cuiabá - R$ 12,8 milhões (32 jogos)
16. Coritiba - R$ 11,9 milhões (28 jogos)
17. Ceará - R$ 11,5 milhões (33 jogos)
18. Sport - R$ 11,4 milhões (32 jogos)
19. Santos - R$ 11,3 milhões (31 jogos)
20. Atlético-GO - R$ 8,1 milhões (37 jogos)